Esta FOLHA publica nesta edição a complexa investigação relativa a tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes afins envolvendo nove pessoas de Ponte Nova/4, Rio Casca/2, Viçosa/1, Urucânia/1 e Piedade de Ponte Nova/1. As informações reunidas estão disponíveis para consulta no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça e no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões mantido pelo Conselho Nacional de Justiça.
Trata-se de desdobramento do flagrante da Polícia Militar que, em 6/9/2022, deflagrou [com mandados judiciais] a Operação Independência em endereços do bairro São Geraldo/Ponte Nova. Em seguida, surgiu o minucioso inquérito via Delegacia de Repressão aos Entorpecentes da Polícia Civil/PC.
O Ministério Público atendeu as conclusões da PC e em 14/7/2023 opinou pela prisão preventiva de todos. Já em 20/7, o juiz Marcelo Jordão Gomes, da 1ª Vara Criminal, deferiu a prisão preventiva de sete acusados.
Em seu despacho, Marcelo Gomes se refere aos indícios de que os acusados montaram esquema de compra e venda de drogas, citando quatro – Filipe de Souza Neves, Gabriel Teixeira Barbosa, Priscila Beatriz da Silva Santana Gonçalves e Robson Júlio de Souza – como os principais vendedores, compradores e distribuidores.
O magistrado salienta que, a despeito da ação da PM em set/2022, “é possível verificar, no extenso caderno investigatório, que a suposta atividade criminosa não cessou, pois há documentos que demonstram a ocorrência dos delitos no ano de 2023”.
Na prática, continua o despacho, valores recebidos com a venda das drogas seriam repassados para os operadores, que se utilizam da própria conta bancária ou de terceiros para a movimentação financeira destinada a ocultar a origem ilícita dos valores. Tal despacho trouxe diversas revelações, inclusive esta:
– As quantias foram repassadas para pessoas com envolvimento no narcotráfico e no crime organizado, moradoras em cidades – a exemplo de Corumbá/MT – da rota do tráfico entre Brasil e Paraguai, bem como em municípios do Rio de Janeiro e Tocantins.
Com tanta informação grave, este Jornal decidiu pela publicação da reportagem (leia aqui).