Antigo dito ecológico é certeiro: “A cidade mais ambientalmente saudável não é aquela onde mais se limpa. É a que menos se suja.”

Recorremos à afirmativa porque deparamos, nesta semana, com ocorrência policial de aposentada que, ao atirar sacola com o lixo doméstico pela janela de sua residência, no 2º pavimento de imóvel do centro de Palmeiras, acertou a cabeça de transeunte, que precisou de socorro hospitalar (leia na página 7).
A rápida consulta desta FOLHA ao Departamento Municipal de Posturas mostrou que não há registro de casos de transeuntes feridos por lixo descartado irregularmente. Verificou-se, contudo, que o descarte em foco, sendo caracterizado como infração no Código/PN de Posturas, é mais comum do que se imagina.
De fato, na mesma data houve flagrante (com ação de fiscais municipais) noutra região de Palmeiras. Nesta semana, tão logo o site desta FOLHA noticiou o caso do transeunte ferido – o que, na área policial, caracteriza-se como crime de lesão corporal -, nossa Reportagem recebeu relato de moradora jogando lixo pela janela na rua Teófilo Nascimento, no bairro Santo Antônio
Permitindo-nos um toque de humor, percebemos que o “esporte de arremesso de lixo” é mais comum do que parece, merecendo entrar numa campanha municipal, onde já são graves as ocorrências, a começar pelo descarte de dejetos domésticos fora do horário da passagem dos caminhões coletores e pela irregularidade no “bota-fora” de entulho.
A propósito, jogar lixo pela janela de veículos também é ilegal. O Código de Trânsito Brasileiro classifica o ato como “infração média”, acarretando perda de 4 pontos na Carteira de Habilitação e multa de R$ 58,13.
Uma reflexão final. Quando o assunto é limpeza, a responsabilidade é de todos. Manter uma cidade limpa é, ao mesmo tempo, um direito e um dever. Contribuir para que se tenha uma cidade limpa, bonita, atrativa, saudável deve ser motivo de orgulho para todos os cidadãos.