Na noite de 1º/1, ouviremos o discurso de posse do prefeito Wagner Mol/PSB, passados exatamente três meses da vitória nas urnas e quase cinco desde o início da campanha eleitoral, período em que esta FOLHA passou a colecionar as opiniões dos prefeitáveis sobre seus desafios.

“Priorizaremos a economia em todos os setores, com otimização da gestão e governança, racionalizando os recursos humanos e o dinheiro para usar corretamente a sobra de recursos na melhoria de toda a coletividade.” Esta foi a 1a afirmativa dele a este jornal, acrescentando com a otimização das condições para garantir a participação das empresas pontenovenses nas compras municipais, “pois assim o dinheiro circula na cidade”.
Wagner garantiu “rigoroso controle nas obras públicas, impondo eficácia de gestão para evitar o que ocorre hoje, pois a mesma obra é feita e refeita, com desperdício de recursos e mão de obra”. Ele continuou dizendo que Ponte Nova “vivencia uma crise e colapso econômico e social, o que nos impõe descrédito e enfraquecimento paulatino do nosso crescimento econômico”. Este discurso destoa radicalmente do cenário divulgado nesta semana pelo prefeito Guto Malta/PT (leia na página 3).
Wagner ainda prometeu “gestão eficaz dos gastos” e “transparência que possibilite o acompanhamento e controle da população das ações públicas”. Ele se propôs reverter o cenário do “reajuste zero” determinado por Guto e recuperar “perdas irretratáveis no direito de todos”, para reverter a redução do poder de compra e achatamento salarial”.
“Trabalharemos com os servidores efetivos e contratados, com política permanente de valorização, capacitação, diálogo, em parceria com o Sindserp. Implantaremos programa de formação continuada e implementaremos o plano de carreira, visando sempre ao servidor e às suas condições de trabalho, com melhoria da qualidade dos serviços prestados.”
Alguns indicadores da coerência das afirmativas do novo prefeito estão nesta página, na reportagem sobre a constituição de seu Secretariado, especialmente com o “enxugamento” de Secretarias. Como não poderia deixar de ser, a decisão já enfrenta resistências de bastidores, considerando que setores, como a Cultura e o Esporte, deveriam manter o status de Secretaria, pela relevância das ações na promoção da qualidade de vida da população. Resta, pois, ver como será, na prática, o projeto do novo Governo Municipal.