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Defesa da vida

Esta FOLHA divulga, na página 14, mais um acidente com morte de adolescente circulando de motocicleta na rodovia MG-265, entre Urucânia e Jequeri. Não se trata, pois, de ocorrência isolada, e ela evidencia “a ponta de um iceberg”, pois, há vários anos, nossas cidades vizinhas – e nossas comunidade rurais – passaram a “importar” as motos, inicialmente para substituir o trabalho à base de tração animal equina.
 
 
O fato é que prolifera, a olhos vistos, a circulação de tais veículos em estradas de terra (e em trechos de rodovias), com característica comum: como não há condições para fiscalização policial de rotina, os condutores apostam na impunidade para – sendo menores ou adultos – trafegarem sem posse de CNHS e desrespeitando os preceitos da direção defensiva.
 
Outra constatação alarmante está no trânsito de motos com documentação irregular, com os condutores substituindo o capacete por boné ou chapéu, tratando de adaptar – ilegalmente  e sem segurança adequada – tais veículos para serviços, que vão da entrega de leite “in natura” a serviços de mototáxi.
 
O mais grave, neste cenário, é que, de forma acentuada, nossas regiões rurais se tornaram mercado para venda de motos furtadas/roubadas e/ou remontadas em oficinas clandestinas, aproveitando peças, placas e chassis de veículos que já estão em desuso.
 
Não por acaso, ao registrar o boletim da ocorrência de 22/1, com a terceira morte recente no mesmo trecho da MG-265, a Polícia Rodoviária Estadual apreendeu a moto com estas irregularidades: não há cadastro da numeração do chassi, e a placa está “fora de circulação”.
 
Em linhas gerais, vale dizer que alguém “reconstruiu” o veículo com peças de outros. Há caso de uso de peças de marcas e modelos distintos, evidenciando uma “indústria” terrivelmente perigosa e, como já notamos, fatal.
 
Em defesa da vida de nossos adolescentes e jovens, apontamos, como medidas imediatas, intensificação  de blitze e investimento em educação para o trânsito, numa iniciativa rural que deve abranger escola, família, igrejas, entidades agrícolas e autoridades.
 
Outros procedimentos são cabíveis – e devem ser pesquisados -, pois não se pode fazer “vista grossa” ao pranto das famílias enlutadas e ao crescente – e custoso – cenário de atendimento aos feridos, que, via de regra, carregam consigo sequelas físicas e psicológicas dos acidentes.
 
A missão é extremamente complexa, mas é preciso dar o primeiro passo – como já dissemos – em defesa da vida.
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