
Mais sete casos da variante Delta do coronavírus foram detectados em Minas em 10/8, após análises de amostras efetuadas na Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG. No total em MG, havia 11 notificações da cepa originária da Índia, como relatou à Imprensa Renan Pedra, professor de Genética e responsável pelo estudo.
Isto porque, se existia em 9/8 um caso em Itabirito, os exames analisados pela UFMG indicaram confirmação da nova cepa nas Regionais de Saúde de Belo Horizonte (1), Montes Claros (1), Unaí (2) e Manhuaçu (3). Os nomes dos demais municípios ainda não foram divulgados.
O relatório da UFMG ainda não repercutiu, até ontem, quinta-feira (12/8), na Superintendência Regional de Saúde de Ponte Nova, considerando-se que Manhuaçu integra a Macrorregional Leste do Sul junto com as Microrregiões de Ponte Nova e Viçosa.
De antemão, é oportuna a reflexão, porque esta variante do coronavírus tem a característica de ser mais eficiente, por assim dizer, ao invadir as células humanas, o que acelera o ciclo de replicação e transmissão. A informação é justamente da UFMG com este alerta: a Organização Mundial de Saúde/OMS afirma que um infectado com esta versão do vírus é capaz de infectar, em média, entre 5 e 8 pessoas.
Ainda segundo relatos da Imprensa, a Delta apresenta, como sintomas mais comuns, febre, dor de cabeça, coriza e dor de garganta. Há menor ocorrência de tosse e perda de paladar e olfato, sobretudo entre jovens e adultos jovens. Adultos mais velhos e idosos costumam apresentar todo o quadro sintomático.
Como o Brasil não implementou programa de vigilância genômica estruturado, com acompanhamento das mudanças na sequência genética do vírus para rastrear suas mutações, falta entender as possibilidades de contenção da infecção e avaliar como variantes conseguiram espalhar-se de forma rápida pelo país, ressalta o texto da UFMG.
Esta constatação demonstra a grande necessidade de disponibilizar as vacinas o quanto antes para o maior número de pessoas. É indispensável que a população mantenha os cuidados, a começar pelo uso de máscara e álcool em gel, e evitando aglomerações como as assistidas em Ponte Nova (e no país) depois do relaxamento das restrições anticovid.