
A Câmara Municipal aprovou a reversão por motivo óbvio. A doação do lote tinha a previsão de obra no prazo de dois anos. Decorridas três décadas, o assunto ficou pendente até que, em 4/7/2023, a Administração Municipal instaurou processo “para verificar a adimplência ou inadimplência da entidade”.
Como era de se esperar, verificou-se a desistência do NAGB – fundado em 23/11/1989 -, extinto em 27/3/2019, como esta FOLHA apurou.
Sua proposta era a instalação de instituição de longa permanência para idosos, com projeto distinto da estrutura do Asilo Municipal (este ganha, neste mês, o nome do saudoso médico e ex-prefeito Afrânio Felício da Cunha, numa iniciativa do presidente da Câmara, Wellerson Mayrink/PSB).
Pois bem. Justamente na Semana do Idoso, nada mais oportuno do que refletir sobre o natural aumento da demanda em função da crescente sobrevida de quem chega à terceira idade. Obviamente, são grandes os desafios para a saúde pública e para o contexto social familiar na oferta de condições para um envelhecimento saudável.
Estão em debate especialmente o chamado envelhecimento ativo como vetor de formulação de políticas e programas vinculados à qualidade de vida e a noção de que, tendo saúde, nossos idosos podem cuidar de sua própria vida ou, se for o caso, viver em ambientes seguros e apropriados para a sua assistência.
De fato, é relevante a meta de combate aos riscos da solidão e do isolamento social, fomentando ações de saúde física e mental. Por outro lado, as pessoas em processo de envelhecimento querem autonomia e manutenção de suas habilidades cognitivas, na expectativa de acesso justo e equitativo aos serviços e bens.
Como se percebe, estamos, de fato, diante de relevante prioridade.