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Mobilidade, o desafio

 
Lendo o resumo da Jornada de Debate sobre Mobilidade Urbana e a respeito dos acidentes da semana em nossas páginas 12 e 13, fica cada vez mais evidente que o trânsito se tornou uma das maiores dores de cabeça para a população. O acúmulo de veículos nas ruas causa prejuízos, estresse, acidentes e poluição e tende a piorar, caso não sejam adotadas políticas de desenvolvimento integrado.
 
O problema agravou-se graças à concentração de pessoas nas cidades, à falta de planejamento urbano, aos incentivos à indústria automotora e ao maior poder de consumo das famílias. Isso tudo provocou o que os especialistas chamam de crise de mobilidade urbana, que acontece quando o Estado não consegue oferecer condições para que as pessoas se desloquem nas cidades.
 
Segundo o relatório “Estado das Cidades da América Latina e Caribe”, 80% da população latino-americana vivem em centros urbanos e 14% (cerca de 65 milhões) habitam metrópoles, como São Paulo e Cidade do México. Ocorre que este aumento contínuo da população urbana não foi acompanhado de políticas de urbanização e infraestrutura que resolvessem questões como moradia e transporte.
 
De acordo com recente cálculo do Observatório das Metrópoles, a frota de veículos nas grandes cidades brasileiras dobrou em dez anos, tendo crescimento médio de 77%. Os dados revelam que o número de automóveis e motocicletas nas 12 principais Capitais do país aumentou de 11,5 milhões para 20,5 milhões, entre 2001 e 2011.
 
Esses números correspondem a 44% da frota nacional.
 
Para especialistas, três fatores contribuíram para o crescimento da frota de veículos no país: o aumento da renda da população, as reduções fiscais do Governo Federal para as montadoras e as facilidades de crédito para compra de carros. Na outra ponta do “boom”, estão os congestionamentos, os acidentes e seus prejuízos ao país.
 
Além disso, há uma piora da qualidade da saúde dos moradores, uma vez que a fumaça dos veículos é considerada a maior causadora de poluição atmosférica. As pessoas sofrem mais de doenças respiratórias e estão mais sujeitas a câncer de pulmão (pesquisas relatam que a exposição a duas horas no trânsito paulista equivale a fumar dois cigarros).
 
É extenso o raciocínio sobre os desdobramentos do problema, e a sua solução – ou pelo menos um paliativo – passa pelo constante debate local de políticas eficazes. 
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