― Publicidade ―

Ilustradora de nossa região presente na Bienal do Livro RJ 2025

Na Bienal do Livro, haverá lançamento da obra “Uma vida bordada em palavras”, ilustrada por Luísa Viveiros, artista radicada em Ponte Nova.
InícioEDITORIALNeoliberalismo desenfreado

Neoliberalismo desenfreado

Nesse 3/3, o Núcleo de Estudos Sociopolíticos da Pontifícia Universidade Católica/PUC de Minas Gerais publicou artigo de seu reitor, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar da Arquidiocese de BH, com avaliação crítica do momento político Brasileiro.
 
O religioso pontenovense, irmão do prefeito Wagner Mol PSB, justifica o artigo: “É papel precípuo da universidade não só expressar sua solidariedade às massas de pobres, trabalhadores empregados ou não, homens e mulheres de boa vontade e de todas as idades, como também contribuir para a formação da consciência crítica, cidadã, ecológica integral, progressista, ética, arejada, humanizada, inclusiva justa e livre.”
 
O artigo repercutiu, em 18/3, no site Settimana News, da Itália, e ganhou publicidade maior no Brasil (e na nossa região), pela sua exortação: “Os brasileiros precisamos ter a consciência da gravidade do momento político, social, econômico e moral que vivemos nos últimos meses.”
 
Dom Joaquim alerta para as “consequências nefastas para trabalhadores e pobres” com as decisões que pretendem mudar a Previdência. Ele acena com o “contínuo agravamento das condições de vida” em decorrência das “leis referentes à classe operária”, enfatizando “os inúmeros casos de corrupção envolvendo políticos, empresários e advogados suspeitos de se livrarem dos vestígios das suas atividades iníquas”.
 
Mencionando a queda do poder de compra da classe média e considerando “cada vez mais massacrante” a rotina de trabalho, o reitor da PUC acusa o Governo Federal de “defender os interesses do grande capital, exigindo sacrifícios dos mais pobres. O sistema financeiro é privilegiado e os bancos acumulam riquezas. Assiste-se a um triste atraso de iniciativas de resgate da dignidade popular. O neoliberalismo torna-se desenfreado”, diz ele.
 
O bispo ressalta que “as dinâmicas de participação democrática são fortemente hostilizadas e reduzidas a fragmentos, num momento em que seria preciso levantar a cabeça e caminhar”. Para ele, o Estado vive separado da sociedade civil, e “a deterioração das condições de vida das populações indígenas e dos setores mais pobres deveria sacudir as consciências”. Afinal, “nenhuma nação pode realizar-se em meio a tanta desigualdade”. 
 
Registramos tal opinião neste espaço, pela oportunidade das reflexões diante da crescente gravidade da cena nacional.
error: Conteúdo Protegido