
Ano após ano, a chegada/passagem do Carnaval provoca debate, em nossa cidade, sobre as circunstâncias do engajamento municipal e do envolvimento de carnavalescos – bem como da comunidade em geral -, nesta tão tradicional festa popular.
Indo além do fomento à cultura/lazer, ao turismo regional e ao convívio social, este que é o maior evento da indústria do entretenimento deve – precisa – ter planejamento adequado, especialmente pela crescente fuga de foliões para as bem estruturadas festas de algumas cidades vizinhas.
Que se aposte no fortalecimento de tendências bem-sucedidas em médios e grandes centros: a dos blocos caricatos.
O saudosismo dos bailes nos clubes e da projeção das escolas de samba, ambos extintos em Ponte Nova no início dos anos 1980, servem para inspirar autoridades e carnavalescos na busca de novos rumos para a folia.
Como pode a nossa Ponte Nova reafirmar-se como referência no Carnaval do Vale do Piranga? A resposta é complexa, exige diagnóstico profissional e surge como desafio para gestores e produtores culturais na busca de modelo de gestão.
Mais do que investir num discurso intelectualizado, sobressai a responsabilidade de se apostar num sistematizado projeto, com bem definidas políticas de incentivo e valorização da cultura, sempre externada nas promoções em nossos bairros e comunidades rurais.
Cabe ainda uma aposta na economia criativa local, associada ao que se chama e – em tempos atuais – de políticas estruturantes. De imediato, que se aproveite a capacidade dos organizadores dos nossos blocos, os quais são pragmáticos: têm uma ideia na cabeça e perseguem parcerias que garantam o sucesso de seus eventos.
Neste cenário, talvez a notícia mais bem-vinda, ainda na ressaca da folia de 2017, seria esta: “A Prefeitura de Ponte Nova já deu início aos preparativos para o Carnaval de 2018”.