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O milho que vale milhões

No final da tarde de ontem, quinta-feira (30/11), transcorria – na sede da Associação dos Municípios do Vale do Piranga/Amapi – o I Simpósio do Milho de Montanha, resultante de parceria entre o Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Vale do Piranga/Cimvalpi e a Emater/MG, com apoio da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga/Assuvap, entre outras instituições.

Na pauta, palestras de Marcelo Martins, dirigente – em Minas – da Subsecretaria de Desenvolvimento Rural, da Secretaria Federal de Agricultura Familiar, e de Irauê Casarim, agrônomo e mestre em Administração Rural pela Universidade Federal de Lavras.

Note-se que Casarim proferiu palestra em Ponte Nova em 29/9, defendeu a viabilidade de investimento em plantio de milho para atender demanda de alimentação de suínos e atuou na organização deste simpósio,  considerando sua pesquisa financiada pelo Instituto Interamericano de Colaboração para a Agricultura.

“A necessidade econômica, estratégica, social e ambiental da cadeia suinícola deve ser favorecida ao impulsionar o projeto de plantio de milho em nossa região, a despeito do custo maior de produção em relação às regiões produtoras de milho no Cerrado Mineiro”, disse ele, que visitou esta FOLHA na manhã dessa quinta-feira ( 30/11).

Pelos seus cálculos, nossa região tem 125 mil matrizes suínas (sendo 85 mil pertencentes aos 103 associados do Sistema Coosuiponte/Assuvap) e só produz 4% do milho necessário para alimentação do rebanho. Na prática, importa por mês R$ 600 milhões em grãos que poderiam ser produzidos aqui.

Ele acena com um processo estratégico para o fortalecimento econômico, social e ambiental da região e da cadeia da suinocultura com algumas provocações: “Numa condição de comércio, o que é mais fácil? Produzir um item para depois buscar comprador ou produzir certo item com comprador certo e demanda conhecida?”

Casarim segue questionando: “O suinocultor tem interesse em comprar milho mais próximo. Mas cadê a oferta? E a questão da qualidade? O agricultor tem interesse em plantar milho, mas tem que melhorar o processo, sabendo que a região tem recursos humanos e financeiros e muitas áreas passíveis de plantio.”

Em linhas gerais, o seu estudo visa sensibilizar os componentes da cadeia suinícola, dirigentes de entidades rurais e instituições de financiamento sobre a real oportunidade de alavancar a economia agrária com o cultivo de milharais. Fica registrado o desafio.

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