Pouco depois da virada do século XX, pontenovenses que viajaram ao Rio de Janeiro/RJ, em férias ginasiais e acadêmicas, voltaram com uma bola e a grande novidade carioca, o “football association”. Assim o jornal “Alvi Rubro” registrou, em 1931, o começo da história do futebol em Ponte Nova, mencionando os jogos em disputas de recreio escolar e nos campinhos, até que “rapazes do comércio” decidiram instituir aqui um “conjunto permanente”.
Foi neste cenário que o Pontenovense FC foi fundado em 11/10/1911, surgindo, sete anos depois, a Sociedade Esportiva Primeiro de Maio, a qual, nesta semana, comemorou o seu centenário.
Note-se que os dois times se rivalizaram por anos seguidos, jogaram clássicos na região e, em Ponte Nova, enfrentaram equipes “menores”, por assim dizer. De fato, outras equipes organizadas em nossa cidade só apareceram bem depois: EC Ana Florência (15/11/ 1933), Municipal AC (6/1/1941) e EC Palmeirense (17/10/1943).
Não por acaso, em 18/8/1943, instituiu-se a Liga Municipal de Desportos para organizar os certames, que até hoje movimentam clubes, bairros e comunidades rurais, como mostra a cobertura registrada semanalmente neste Jornal.
Assim como esta FOLHA editou caderno especial dos 100 anos do PFC, circulamos, nesta semana, com duas páginas dedicadas ao Centenário da SEPM. Num breve resumo de datas, assinalamos a mobilização que superou barreiras, sobressaindo-se com garra e determinação nos campos e nas promoções em suas Sedes Social e Campestre.
O fato é que, por décadas a fio, a chamada “Família Macuca (*)” age para honrar o pioneirismo dos que não se intimidaram com obstáculos ao longo da gloriosa história e, com certeza, não medirão esforços na busca de novas conquistas para esta premiada agremiação.
Nossa pesquisa baseou-se em reportagens desta FOLHA, ao longo de quase 30 anos, e nas revistas editadas pelo Primeiro de Maio para comemorar os seus 75 e 80 anos. Nosso espaço é limitado e, bem sabemos, corremos o risco de cometer injustiças com alguns personagens.
Concluindo, salientamos que há se debruçar mais ainda, nos documentos e nos depoimentos, para se dimensionar, com o devido respeito, o envolvimento de atletas, associados, diretores, assessores, funcionários, benfeitores e parceiros em geral.
(*) – Referência ao macuco, ave de penas pretas e brancas, que já foi comum nas matas da nossa região. Note-se que, pela camisa alvinegra, o time já foi chamado de “Carijó”.