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Ilustradora de nossa região presente na Bienal do Livro RJ 2025

Na Bienal do Livro, haverá lançamento da obra “Uma vida bordada em palavras”, ilustrada por Luísa Viveiros, artista radicada em Ponte Nova.
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Pobreza e desigualdade

 Promulgada em 5/10/1988, a Constituição Brasileira surgiu como lei magna destinada a assegurar direitos e liberdades individuais, estabelecer mecanismos para evitar abusos de poder do Estado e se consolidar como vetor de redução da desigualdade social e da pobreza em nosso país. 
 
Ontem, quinta (5/10), este relevante documento completou 35 anos com muito por fazer. Um bom exemplo da realidade desigual é a constatação de que a renda média dos trabalhadores 10% mais pobres no Brasil não deu para comprar a cesta básica na cidade de São Paulo em 2022 (valor médio de R$ 762,00 naquele ano). Enquanto isso, o rendimento do trabalho dos 10% mais ricos permitia adquirir em média quase 14 cestas.
 
A conclusão está no estudo do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, com base em dados do IBGE e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos/Dieese. A divulgação ocorreu em fins de setembro, a partir de reportagem do jornal Folha de São Paulo.
 
Com a devida proporção, a transferência do valor da cesta básica para Ponte Nova (R$ 488,61 em set/2023) evidencia o aspecto local da limitada capacidade de sobrevivência do trabalhador.
 
De fato, o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor de PN, divulgado em 4/10 pelo Curso de Ciências Contábeis/Faculdade Dinâmica (estudo mensal que tem este Jornal entre os parceiros), é incisivo:
 
– Um trabalhador local precisou cumprir cerca de 81,43 horas em setembro só para adquirir a cesta básica, cujo valor correspondeu a 37,02% do salário mínimo (R$ 1.320,00). A renda que sobrou para as demais despesas – entre elas moradia, saúde e higiene – foi de R$ 831,39.
 
A repercussão do levantamento da LCA Consultores ressalta que ainda é lenta a recuperação do poder de compra do assalariado. Por outro lado, a Reforma Tributária em discussão no país propõe medidas para viabilizar salários melhores com estabilização econômica.
 
No cenário local, a propósito, é alentadora a aprovação de novos pisos salariais (leia nesta página) na Prefeitura, a maior empregadora do município. Como disseram alguns vereadores, ainda não é o ideal, mas…
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