Ponte Nova será sede da etapa microrregional dos Jogos do Interior de Minas/Jimi entre 30/5 e 3/6, recebendo cerca de 500 atletas de várias cidades.
A propósito da proximidade de mais esta competição, relembramos os pronunciamentos feitos na recém- concluída etapa (também microrregional) dos Jogos Escolares de Minas Gerais/Jemg, ocorrida há duas semanas igualmente em Ponte Nova.
Afinal, é cada vez mais oportuno associar a prática esportiva a fatores que mantêm os jovens longe do mundo da droga. Assim raciocinou a diretora da Superintendência Regional de Ensino/SRE, Rosane Name dos Reis Fialho, ao discursar na abertura dos Jemg.
Na prática, entretanto, segue a necessidade de consolidação de rede de atenção multidisciplinar, que envolva, no combate ao avanço das drogas, ações de saúde, assistência social, educação e segurança.
É bom lembrar que prevalece, neste contexto, o entendimento de que a questão do consumo deve ser tratada como questão de saúde pública, a despeito da falta de recursos tanto na educação permanente quanto no sistema de inteligência policial em sua tarefa de reprimir o tráfico.
Neste raciocínio, é preciso transformar o diálogo em soluções práticas e integradas em todos os níveis de poder, pois não se concebe que, a despeito dos avanços, ainda se perceba – na União, nos Estados e nos Municípios – uma fragmentada política de atenção às drogas.
Voltando à questão do esporte, ressaltamos o trabalho desenvolvido há seis anos pela Associação Beneficente de Combate às Drogas/ABCD. Lembramos que, não por acaso, a vida saudável esteve no centro dos debates de 30/8/2017, durante a II Conferência Municipal de Políticas sobre Drogas, com o tema “Políticas públicas sobre drogas: em defesa da juventude”.
Oportunamente registramos que se previa, para a noite de ontem, 5a-feira (10/5), reunião do Conselho Municipal Antidrogas (na sede da Secretaria de Assistência Social e Habitação) preparando, não por acaso, passeio ciclístico (em 20/5) e seminário (em 23/5) como parte da Campanha contra as Drogas lançada em 24/3 pela parceria entre a Defensoria Pública, o Município (Executivo e Legislativo) e a Polícia Militar.
Desejamos que a mobilização seja permanente, pois a questão é grave: o tráfico é bastante organizado, e a sociedade ainda não. Se esta perspectiva não mudar, nada de bom acontecerá de forma efetiva e sistemática.