O tráfico de entorpecentes em Ponte Nova motiva, de tempos em tempos, operações das Polícias Militar e Civil, invariavelmente com flagrantes de apreensão de maconha, cocaína e crack.
Noutras situações, prevalece o trabalho de policiamento ostensivo (no caso da PM) e de investigação (no caso da PC), com flagrantes de maior e menor proporção, como registramos na página 13 desta edição.
A ocorrência que mereceu destaque nesta edição – e manchete de capa – envolve rapaz de 18 anos que viajou de São Paulo para Ponte Nova transportando seis barras de maconha em sua mochila, em mais um caso de tráfico interestadual. Fica evidente, pois, o vínculo de traficantes locais com fornecedores de outras regiões de Minas e, como se vê, do território paulista.
Nossos agentes de segurança já protagonizaram cenas de apreensão de volumes maiores de tóxicos, mas, no caso acima, a Polícia tem em mãos mais uma missão: combater a rota de “importação”, a qual utiliza, via de regra, portadores (“mulas”) de todas as idades, ficando subentendida a rotina que eventualmente é interrompida pelas prisões em flagrante.
O serviço de inteligência policial tem o desafio permanente de colecionar informações e monitorar suspeitos. Afinal, grande parte dos nossos crimes patrimoniais, como roubo e latrocínio, por exemplo, está vinculada ao tráfico.
Como mostram estudos da área da segurança, o território do tráfico de drogas, presente tanto nos pequenos quanto nos grandes centros urbanos, contribui para o aumento da criminalidade, em especial com os crimes de homicídio.
Isto porque o narcotráfico, para manter sua consolidação criminosa, articula-se em redes de proteção que promovem desde execuções de membros de grupos de facções rivais a consumidores em débito.
Como se sabe, essas organizações do tráfico acabam ampliando a violência em todas as regiões das cidades, aumentando sistematicamente a sensação de insegurança da população e a violência de forma generalizada.
Daí a importância da atuação coordenada de nossas forças de segurança.