O projeto do prefeito Wagner Mol/PSB que regulamenta a terceirização do serviço de estacionamento rotativo estava na pauta da noite de ontem, 28/6, na Câmara Municipal, sendo que na primeira votação, em 25/6, o tema provocou polêmica.
O projeto recebeu votos contrários de Rubinho Tavares/PSDB, Hermano Luís/PT, Sérgio Ferrugem/PRB e Antônio Pracatá/PSD.
Na visão de Rubinho, o prefeito deveria assumir o ônus do reajuste. No entender dele, “a população vai nos culpar, pois nós é que votamos e creio que se trata de ato normativo do Executivo e ele está dividindo a responsabilidade com a gente”.
Pracatá e Ferrugem concordam em que a iniciativa é prerrogativa do prefeito e ele poderia fazer isto por decreto. Já Hermano destacou que o preço da hora poderá chegar a 0,60 da UFPN (cada UFPN vale R$ 3,40), sendo que atualmente cobra-se 0,15 da UFPN por duas horas de estacionamento.
Aninha de Fizica/PSB discordou: “O Prefeito não deve decidir sozinho, pois [o estacionamento rotativo] é algo de que todos fazemos uso. O Executivo sabe o que a população passa. Logo, acho que ele não faria nada que onerasse ainda mais as pessoas, que já pagam tantos impostos.”
Rubinho, por sua vez, manteve sua posição: “Se o rotativo chegar a quase R$ 4,00, o que irá ocorrer, visto que, com a terceirização, a tendência é só subir, eu terei a consciência tranquila de ter votado contra.”
Votando a favor do projeto, Machadinho/Avante disse acreditar que Lucas Aguiar, chefe do Departamento Municipal de Trânsito, “não vai trair a nossa confiança”. “Concordo com Machadinho e acho que eles não vão propor taxa exorbitante. Temos que confiar nas pessoas”, apoiou Fiota/PEN, destacando que com a licitação será contratado o menor orçamento.
Junto com o debate dos vereadores, usamos este espaço para algumas considerações: – Qual a dimensão do volume de dinheiro arrecadado? – Quais são as prioridades de investimento com os valores arrecadados?
De imediato, temos a constatação de que o Estacionamento Rotativo é imprescindível porque é grande a demanda por vagas no eixo Centro/Palmeiras.
Já ressaltamos, em Editorial, que a terceirização é adotada num crescente universo de municípios do país por circunstâncias distintas. Como é pertinente, a ideia principal, entretanto, não é arrecadar dinheiro, mas impedir que um veículo ocupe uma vaga por um longo período.