Não precisa ser aficcionado pelo esporte para concluir que, a despeito da alegria de ver as 20 medalhas como recompensa do esforço de alguns dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de Paris, o resultado poderia ter sido melhor.
O raciocínio é mais amplo. Nosso país só vai ser muito melhor quando aliar política permanente de fomento ao esporte especializado ao talento individual dos nossos ídolos. Obviamente, o desempenho olímpico ideal não se constrói em curto prazo.
Precisa de trabalho eficiente na seleção e na formação de atletas nas categorias de base, contando para isto com investimentos contínuos em treinamento, disponibilidade de equipamentos e espaços, bem como capacitação de treinadores e seus assessores. Não se trata, pois, de contar apenas com a aptidão física dos atletas para as modalidades que disputam.
Sabemos que a formação esportiva, em qualquer modalidade, abre portas e oferece oportunidades para os vencedores. Por fim, configura relevante chance para que jovens dos estratos sociais menos privilegiados trilhem caminhos mais promissores.
O nosso raciocínio vale literalmente também para o cenário municipal e microrregional. No caso de Ponte Nova, por exemplo, temos times campeões regionais de futebol, medalhas de ouro em competições de artes marciais e, é claro, muitos talentos, projetados semanalmente em nossas ecléticas páginas esportivas.
Temos ainda sistemático apoio de grandes empresas na formação de novos craques em diversas modalidades, bem como iniciativas que priorizam crianças e adolescentes dos bairros. Contamos com estádios, arenas e o Centro Municipal de Esportes, além de avanços, em nossas escolas, de propostas permanentes de formação esportiva.
Nosso desejo é que todo este cenário resulte em política setorial ainda mais arrojada e vitoriosa, com recursos e estrutura que tanta falta fazem para a Secretaria Municipal de Esportes. Outros aspectos podem e devem ser destacados, os quais merecem espaço inclusive nos debates das eleições locais.