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Bairro Santa Teresa: reclamações e mais uma frente de trabalho

Depois do reparo em local com vazamento de rede de esgoto e recuperação da rede pluvial, um muro de contenção.
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Terra, o planeta Água

 
Todos os livros escolares informam isso: nosso planeta tem superfície composta por 70% de água, e a maior parte desse montante (97%) é formada por oceanos e mares, sendo imprópria para consumo humano. Dos 3% restantes, 69,8% encontram-se em geleiras, 29% em aquíferos (alguns sem fácil acesso), 0,9% em outras composições e apenas 0,3% em rios e lagos, dos quais se capta água para consumo humano.
 
Os livros ainda informam que a disponibilidade de água encontra-se cada vez mais reduzida em várias partes do mundo. Não por acaso, portanto, a escassez permeou a Semana/PN do Meio Ambiente, estruturada por vigorosa articulação público-privada.
 
O desafio é o aumento no consumo acima da capacidade de renovação cíclica dos recursos hídricos. Em Ponte Nova, como em todos os centros urbanos, este fator está ligado ao crescimento populacional e ao desenvolvimento de sistemas de produção.
 
Por isso, saltam aos olhos algumas prioridades, a exemplo do tratamento do esgoto urbano. Não basta, pois, repetir o discurso contra a destruição provocada pelas queimadas, denunciando o desmatamento para avanço da agroeconomia ou alertando para mudanças climáticas.
 
Recente relatório da Organização das Nações Unidas/ONU emitiu significativo alerta global: “Na medida em que cresce a demanda de recursos hídricos no mundo, diminui a probabilidade do fornecimento de água doce em muitas regiões, como consequência da mudança climática.”
 
A crise provocou incertezas sobre possível rodízio de água, como disse, na semana passada, em Ponte Nova, Fernanda Mendes Assumpção, professora da Faculdade Milton Campos/BH. O sinal amarelo está aceso há muito tempo. “Vai faltar água, daqui a dez ou 15 anos, quando começarem batalhas devido à falta de acesso à água e à comida”, alerta a ONU.
 
Como se sabe, a crise também está relacionada aos problemas de gestão (lembremos a tragédia dos rejeitos de mineração em Mariana). Urge uma política sistemática, em cada centro urbano, de uso racional da água, com investimento em educação ambiental e adoção de normas que disciplinem, de forma rigorosa e vigorosa, a exploração desorientada dos recursos naturais. O planeta Água agradece!
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