Desde 6/12, o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião do Vale do Piranga/Cisamapi executa nova etapa do Programa Miguilim.
Trata-se de iniciativa conjunta das Secretarias/MG de Saúde e Educação, destinado a ampliar, em 21 municípios da nossa região, as ações de promoção e prevenção de agravos em saúde auditiva e saúde ocular, no âmbito da rede pública de ensino.
O Programa já atendeu muitas crianças e adolescentes com miopia, hipermetropia e astigmatismo. As doenças são detectadas via triagem escolar
Para marcar a etapa, dirigentes do Consórcio – tendo à frente Regina Carvalho/secretária-executiva e o presidente Wagner Mol/PSB (prefeito de Ponte Nova) – recepcionaram, entre outras pessoas, Gislane Pena e Nayara Rúbio, representando respectivamente as Superintendências Regionais de Educação/SRE e Saúde/SRS.
Sabe-se que o Cisamapi dispõe de dois consultórios oftalmológicos equipados e recursos humanos compatíveis para assegurar a oferta assistencial prevista. Em 2024, o Estado liberou recursos para 1.108 consultas especializadas, disponibilizando mais de 300 óculos.
Triagem escolar
Na rotina, as crianças e adolescentes passam por triagem nas suas escolas, sendo encaminhadas, via Secretaria Municipal de Saúde, para o Consórcio. Ali ocorrem as consultas de oftalmologia e providencia-se o tratamento necessário até a entrega dos óculos.
Em nota da SRS, a oftalmologista Juliane Soares explica que, nas instalações do Consórcio, o Programa Miguilim já atendeu muitas crianças e adolescentes com miopia (dificuldade de ver de longe), hipermetropia (dificuldade de ver de perto) e astigmatismo (causa distorção na visão).

“A partir do Miguilim, fazemos o exame da refração, o exame de fundo de olho e o mapeamento de retina, além de vermos ver se há alguma outra alteração que não seja apenas grau de óculos, permitindo melhor tratamento e garantia de pleno desenvolvimento dos estudantes”, esclarece Juliane.
Experiência oratoriense
O nome do Programa (Miguilim) faz alusão a um personagem de Guimarães Rosa, um garoto do sertão que não entendia o universo dos adultos por causa de uma deficiência visual, mas que passa a enxergar o mundo de uma forma diferente quando ganha óculos.
Assim foi a experiência de Nathielli Estevam, 13 anos, moradora em Oratórios, citada também em nota da SRS. Na semana passada, ela – acompanhada de sua mãe, Edilene Estevam – concluiu procedimentos e escolheu minuciosamente o modelo de óculos que mais lhe agradou.
“É uma grande ajuda para nós e para os nossos pais, porque a armação e as lentes são caras, além de as consultas oftalmológicas e os exames demorarem a ser marcados. Conseguir tudo isso dentro de um mesmo programa é de grande ajuda, principalmente para aqueles que têm menos condições financeiras”, comemorou Natiele.
Em tempo – Sobre a modalidade de saúde auditiva, a expectativa é de atendimento já nos primeiros meses de 2025 para estudantes oriundos de 30 municípios da Superintendência Regional de Saúde. O prestador do serviço será o Hospital Arnaldo Gavazza, por meio de seu Serviço de Alta Complexidade em Modalidade Auditiva.
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