O Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde/Semsa emitiu, na manhã de 14/4, alerta epidemiológico por conta da confirmação de caso de febre oropouche em paciente de Ponte Nova.
Relata o informe: “O paciente apresentou sintomas autolimitados com melhora do quadro sem recidivas. O local provável de infecção está em investigação, considerando que o paciente não tem histórico de deslocamento nos últimos 15 dias antes da data de início de sintomas.”
Diz o relato municipal que a oropouche, causada por um arbovírus, tem como vetores os mosquitos Culicoides paraenses, conhecido como “maruim ou mosquito pólvora”. Estes e outros dados foram reforçados, no informe municipal, com vídeo (abaixo) explicativo do médico Gilmar Aleixo.
Sabe-se que a febre tem semelhança clínica com casos de dengue, chikungunya e febre amarela: febre de início imediato; dores de cabeça, muscular e articular; tontura; náuseas; vômitos; diarreia; e sensibilidade à luz.
Consta no relato: “O período de incubação é de 3 a 8 dias, podendo ocorrer recorrência em até duas semanas após os primeiros sintomas. A evolução do quadro geralmente é benigna, com resolução numa semana. Em caso de sintoma grave, o paciente necessitará de internação hospitalar.”
Como apurou esta FOLHA, o paciente recebeu atendimento inicial, com suspeita de dengue, num caso negativado após os primeiros exames feitos no Setor de Biologia Molecular do Centro Colaborador da Universidade Federal de Viçosa/UFV.
Paralelamente, houve o envio de amostragem para o Laboratório da Funed/BH, com pesquisa sobre oropouche, febre amarela e outras, onde se confirmou o diagnóstico.
“Diante do exposto, após a confirmação laboratorial numa de nossas amostras, comunicamos a circulação do vírus no Município”, continua a nota da Semsa para frisar: “A nossa Vigilância está procedendo com todas as ações necessárias diante do caso.”
O informe continua: “Pedimos que eventuais viajantes que apresentarem os sintomas e procurarem assistência médica relatem o trajeto da viagem, especialmente se incluir áreas com circulação comprovada da febre oropouche.”
Conclui a nota: “Atualmente, não há vacinas nem medicamentos antivirais específicos para prevenir ou tratar a infecção por oropouche. A abordagem de tratamento é de suporte, com foco em alívio da dor, repouso, hidratação e controle de vômitos, se presentes.”
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