Na Tribuna Livre da Câmara Municipal de 25/11, o presidente da Associação Multidisciplinar de Atividades Integrativas/AMAI, Anderson Pereira Araújo, apresentou demandas da entidade.
Estas demandas são vinculadas a educação, saúde e inclusão social de crianças com autismo, bem como atenção para famílias atípicas.
Ele se deteve no segmento da educação, cobrando formação cada vez mais específica para os professores de apoio.
No entender do dirigente da entidade, os vereadores devem revisar a legislação sobre o assunto. Ele apontou “morosidade” na construção do Plano de Desenvolvimento Individual do Aluno.
Anderson observou que as terapias ofertadas pelo Sistema Único de Saúde/SUS são insuficientes para o segmento abrangido pela AMAI: falta profissional especializado em neuropediatria e psiquiatria infantil, bem como apoio psicológico às famílias atípicas.
Cobrando urgência na instalação do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil/CAPSi, projetado para a vila do distrito do Pontal, o presidente da AMAI revelou que a entidade identificou 140 pessoas com Transtorno do Espectro Autista em nosso município.
Salientou Anderson: ‘O resultado foi entregue ao Ministério Público, pois 90% destes diagnosticados precisam de tratamento adequado, intervenção com terapia ocupacional, neuropediatria, psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia e psiquiatria.’
Ações da AMAI
O presidente exibiu algumas ações de conscientização que a AMAI realiza desde 2017 em Ponte Nova e destacou a lei do “cordão de girassol”, proposta em 2023 pelos vereadores Wellerson Mayrink/PRD e Suellenn Fisioterapeuta/PV.
Trata-se de instrumento auxiliar de orientação para identificação de pessoas com deficiências ocultas.
Ainda em 19/11, a professora Fernanda Barbosa Rocha Godói, integrante do movimento AMAI/Amigos do Autista na Íntegra, falou a esta FOLHA sobre seu encontro da antevéspera com a vereadora/vice-prefeita eleita Aninha de Fizica/PSB.
Fernanda passou para sua interlocutora mensagem similar à de Anderson, focando na necessidade de avanço na inclusão escolar das crianças atípicas.
Ela ainda citou a urgência na formação especial dos professores e na dinâmica da relação entre a Secretaria Municipal de Educação e as demandas das escolas.
Aninha comprometeu-se a defender as causas da AMAI, mencionando proposta de implantação de centro de atendimento e apoio multidisciplinar para pessoas com deficiência e transtornos do neurodesenvolvimento.
“Outros aspectos serão avaliados antes do início do próximo ano letivo”, informou Aninha, prevendo interação entre as Secretarias de Saúde e Educação para encaminhar as demandas.
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