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Dona Petita, educadora de mérito e eterna bordadeira

Morreu em 26/3 Maria José Gomes (Dona Petita), 111 anos, sendo sepultada em clima de consternação por familiares e amigos.

Nascida em 5/7/1913, em Barra Longa, Petita radicou-se em Ponte Nova ainda adolescente, morando com três irmãs – outros quatro chegaram depois – na rua Presidente Antônio Carlos/Centro Histórico, onde foi a óbito enquanto dormia.

Petita diplomou-se no Curso Normal da Escola Nossa Senhora Auxiliadora, lecionou em várias escolas de nossa cidade, trabalhou como coordenadora educacional e se tornou a 1ª diretora da Delegacia Regional de Ensino/DRE (hoje Superintendência), instalada em 8/12/1965,  permanecendo no cargo até 10/6/1972.

Em 7/11/1996, ela recebeu – do então governador/MG, Eduardo Azeredo/PSDB – Certificado e Medalha do Mérito Educacional. Na segunda metade dos anos 1970, trabalhou no Setor de Assistência Social da Usina Ana Florência.

Ao se aposentar, permaneceu em casa, vivendo das ricas memórias e recebendo familiares, amigos, antigos colegas e conhecidos dos tempos de trabalho como educadora e bordadeira.

A arte do bordado marcou a trajetória dela: junto com as irmãs Fideca e Didinha, manteve por cerca de 50 anos o ateliê que, no auge das demandas, teve 28 funcionárias. Até o até o final dos anos 1970, sucederam-se encomendas de enxovais de bebês e casamentos, atendendo clientela local, estadual, de outras regiões do Brasil e até do exterior.

Em 23/12/2000, estava entre os entrevistados nesta FOLHA na reportagem da “Virada do Século” com personalidades longevas da nossa cidade.

Em 23/12/2000, estava entre os entrevistados nesta FOLHA na reportagem da “Virada do Século” com personalidades longevas da nossa cidade.

Ela era solteira, não teve filhos, mas, como bem se diz na família, “ajudou a criar muitos sobrinhos e afilhados. “Seu legado pela educação mineira deixou marca indelével em milhares de pessoas por toda a nossa região”, informou em nota de pesar a Superintendência Regional de Ensino.

NOTA DA REDAÇÃO – Este registro teve como referência arquivos desta FOLHA, nota da SRE e informações de familiares, tendo à frente a sua sobrinha psicóloga Ana Virgínia Gomes.

Homenagem póstuma

Ângela Mucci Bosco, artista plástica pontenovense, radicada no Rio de Janeiro/RJ, publicou em suas redes sociais a seguinte nota:

“Uma notícia que interessa sobretudo aos pontenovenses: faleceu na noite de 27/3 Dona Petita Bordadeira, aos 111 anos, quase completando 112.
A senhora, que já me parecia idosa quando eu era criança, passou seus dias sentada em companhia das irmãs, bordando como numa empresa de fadas.
As obras-primas realizadas por Petita Bordadeira deveriam ser resgatadas e expostas no Museu das Artes e Ofícios de MG, em Belo Horizonte. 
Era costume, em Ponte Nova, quando nascia uma menina de família abastada, a mãe ou avó encomendarem um enxoval todo bordado para o casamento daquela criança. Muito mais bonitos e delicados que os famosos bordados da Ilha da Madeira. 
Eu, que nunca tive uma peça bordada pela Petita, visitava vez por outra seu quartinho de costura, porque sempre admirei o trabalho de paciência daquelas irmãs.
Que Petita descanse em paz!”

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