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Conferência debate a inclusão para envelhecimento digno e justo

Na pauta, fortalecimento de ações para a proteção da vida e da saúde e enfrentamento da violência e do abandono social e familiar.

FOLHA na WEB

Nº 1.867 – 13 de Junho de 2025

InícioCIDADEMoradores de rua expulsos por ‘psicólogo do além’

Moradores de rua expulsos por ‘psicólogo do além’

Na noite de 4/4 (sexta-feira), indivíduos não identificados expulsaram, com ameaças, pessoas que viviam em situação de rua na praça da av. Getúlio Vargas, anexa à ponte Triângulo/Palmeiras e na margem do rio Piranga.

Esta FOLHA confirmou o relato com duas fontes, as quais citaram “providências do poder paralelo”, sugerindo que as ameaças, com queima de choupana à beira-rio, teriam partido de supostos envolvidos com o tráfico de drogas no bairro Triângulo.

Vereador comenta: ‘As pessoas expulsas já se reagruparam noutros locais’

“Não vou mencionar os nomes das pessoas que fizeram o serviço, porque é questão pessoal, mas as pessoas expulsas já se reagruparam noutros locais”, salientou na Câmara, em 7/4, o vereador Rubinho Tavares/PP, acrescentando:

“Eles estão noutra praça, diante do Pátio Municipal [como confirmou Careca de Totinho/Avante] e em casa abandonada na av. Antônio Brant Ribeiro, vizinha de Centro Espírita.”

Carrinho com itens recicláveis na praça da av. Getúlio Vargas

Marcinho de Belim/PDT entrou no debate com ironia: “Acho que foi um psicólogo do além, foi lá [na pracinha], conversou com eles direitinho e todos tiveram que mudar.”

Para o presidente Wellington Neim/PP, “o bom nisso tudo é que pessoas me ligaram dizendo que a paz na praça voltou a reinar”.

Emerson Carvalho/PP frisou que, depois da audiência da Câmara sobre pessoas em situação de rua – amplamente divulgada na edição passada desta FOLHA -, sucederam-se diversos fatos: “O pessoal da Prefeitura limpou o local e a Polícia Militar reforçou as rondas.”

Furtos seguidos

Rubinho aproveitou para relatar os seguidos furtos de carrinhos nos supermercados por parte dos que vivem nas ruas. Eles são usados principalmente para transporte de itens recicláveis a serem vendidos em locais distintos da cidade.

Segundo o vereador, homens e mulheres puxam – ou empurram – os carrinhos, atrapalhando o tráfego e os transeuntes, como mostraram, na semana passada, vídeos divulgados pelo comunicador Robson Lemos.

No entender de Tavares, o Setor de Posturas deve agir e – como reforçou Careca de Totinho – cabe aos supermercados o registro dos furtos para viabilizar ação policial.

O presidente Neim concordou e Marcinho de Belim cobrou providências dos gerentes supermercadistas para coibir os furtos.

Autoridades comentam

Na apuração da notícia, nossa Reportagem recebeu informe de que ao menos um cidadão em situação de rua foi agredido pelos que exigiram a saída.

“Se houve agressão, nada que viesse até nós”, informou Lazinier Serrano, dirigente da Secretaria de Assistência Social e Habitação. Sobre a “pressão” pela desocupação da praça, ela disse que “soube por alto e não posso confirmar”.

O delegado regional de Polícia Civil, Carlos Roberto Souza da Silva, avaliou para esta FOLHA que, “antes de emitirmos nossa posição, a versão da expulsão precisa ser bem apurada”.

Representando a Polícia Militar no debate de 28/3, o tenente Luiz Menezes assim respondeu a este Jornal: “A informação não procede. A migração das pessoas se deve ao recrudescimento das ações policiais no local, por meio da elevação das operações e abordagens.”

Veja aqui a matéria do Debate sobre a condição de moradores em situação de rua

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