Francisco Andrade Lima (“Chiquinho Barbeiro”), 83 anos, nasceu em Rio Pomba e desde
1958 mora em Ponte Nova, onde há exatamente meio século mantém sua barbearia no subsolo do prédio-sede do Pontenovense Futebol Clube/PFC, no Centro Histórico.
“Sempre acompanhei o futebol. Tenho um filho que jogou nas categorias de base do Primeiro de Maio, e um neto meu jogou no Palmeirense, mas eu sou baeta – torcedor do PFC – e trabalho aqui há 50 anos”, conta ele, que segue divagando: “Em Minas, tenho amor pelo América e, no Rio de Janeiro, gosto do Fluminense desde a época do goleiro Castilho (foram 697 jogos, de 1947 a 1965) e do centroavante Valdo.”
Chiquinho lamenta que, com a pandemia da Covid, todos tenhamos que ficar em casa e
sem futebol para assistir na TV. “Temos que tomar os devidos cuidados para sobreviver”,
disse ele, que – mesmo temendo cometer injustiças -, relaciona craques dos principais times
de Ponte Nova: “Aqui no Pontenovense tinha o Geraldinho, teve as feras da bola, que eram Lauro Carvalho, Lauro Silva (que foi campeão do Gelo com o Atlético/MG) e o Zé Miguel. O Palmeirense tinha Zé Galli, Paulo e Zezé Castanheira. No Primeiro de Maio, tivemos Fifi, que podia ter ido para o profissional, mas optou por ser ferroviário.”