A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/Apae conta atualmente com dois projetos voluntários de esportes na área de capoeira e taekwondo. As atividades desenvolvidas visam, segundo a entidade, otimizar o desenvolvimento físico e cognitivo, o equilíbrio, a concentração, o espírito competitivo, a confiança, a sociabilidade e o respeito nos educandos.
Diretora da Apae, Valéria Rodrigues Fonseca declarou-se feliz com o encaminhamento dos projetos: “É maravilhoso! Além de ser um modo de ocupar a mente dos nossos alunos, notamos que eles adoram, se divertem, e isso ajuda muito no desenvolvimento psicomotor.”
No primeiro caso, o professor Carlos José Domingues de Oliveira (Tico), da Fundação Internacional Capoeira Artes das Gerais/Ficag, ministra, desde o início do ano, aulas semanais para cerca de 30 assistidos que já terminaram a escolaridade, mas continuam envolvidos em atividades no “Projeto Centro Dia”.
Já as aulas de taekwondo, com o professor Edevaldo Irias, da Academia Martial Team Campeões, começaram há pouco mais de dois meses com o projeto “Lutando por Igualdade”. Estão envolvidos cerca de 20 assistidos “em fase de escolaridade”, duas vezes por semana, na sede da Academia.
Edevaldo destaca que busca investidores para subsidiar as aulas, os equipamentos e uniformes, entre outros gastos. Há proposta de iniciativa similar, via Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação/Semash, para atender os adolescentes abrigados na Casa-Lar.
A esta FOLHA, Edevaldo disse que elaborou a proposta – para a Apae e a Semash – como forma de retribuir a oportunidade que teve em sua iniciação esportiva no taekwondo.
“Eu comecei a partir do extinto ‘Projeto Toriba’, de 1997, quando, ainda adolescente, morava na periferia e tinha risco de me perder na marginalidade. Encontrei no esporte olímpico uma direção digna para minha vida”, revela ele dizendo que representou Ponte Nova e Minas em diversos torneios por mais de 20 anos.