Um comerciante denunciou, na semana passada, no grupo “Queremos trabalhar” de WhatsApp, que – enquanto a Prefeitura proíbe o comércio de ampliar o atendimento ao público com flexibilização limitada – não coíbe atos da população, como é o caso da aglomeração no campo de futebol do Centro Municipal de Esportes/CME (antigo Municipal Atlético Clube/MAC), no bairro Triângulo.
Para surpresa geral, a secretária de Educação e de Cultura/Turismo, Fernanda Ribeiro, respondeu: “E não foi falta de ação. Lacramos a quadra em seis ocasiões. Arrombaram os portões, e fomos lá com e sem a PM: as pessoas saem e voltam em seguida. Mudamos até a ordem das obras, priorizando o muro do entorno, mas, se fecharmos ali, eles arrumam outro canto: isto é fato!”
Uma cidadã disse o seguinte: “Em plena época de isolamento, estão jogando bola, fazendo exercícios, soltando pipas e brincando de pega-pega: temos que tornar isto público, para não ficarem só os relatos de que os comerciantes da cidade é que são os imprudentes!”
Marcos Dias
Perante esta FOLHA, o secretário de Esportes, Marcos Dias, lamentou as invasões citadas, bem como as caminhadas à beira-rio, o uso da praça de Palmeiras, a crescente frequência de pessoas nas ruas, muitas vezes transitando e frequentando filas sem usar máscara.
“As pessoas fingem desconhecer o perigo, não estão nem aí! Isto é da coletividade! Como o Poder Público vai poder entrar dentro da cabeça de cada um? É uma questão de educação social. Isto não ocorre só em Ponte Nova, mas em nosso país e noutras partes do mundo. Nós não temos mecanismos de punir. Aqui não depende só da Prefeitura, que não tem autoridade policial”, informa Marcos para continuar:
“Notificamos, fizemos contato pessoal, alertamos via grupos de WhatsApp, acionamos parentes dos infratores. Em alguns lugares, isto deu resultado, em outros mais ou menos!” Desabafa ele: “Temos educadores e atletas utilizando áreas inapropriadas, ao invés de ficarem em casa. Temos empresários usando espaços coletivos, além da questão dos jovens em geral, que é uma questão familiar. Não temos como fazer o papel da família. Eu conclamo a sociedade a achar a saída!”
O secretário recebeu, no Grupo Futebol Show de WhatsApp, esta mensagem/com foto de cidadã mostrando o uso irregular do campo do CME: “Estas pessoas dão um péssimo exemplo e afrontam a luta contra o coronavírus. Faltam educação social e respeito às leis!”
Edyzinho Castanheira revelou no citado grupo: “Em Nova Lima, a Guarda Municipal [inexistente em Ponte Nova] acompanha e faz rondas – às vezes com a Polícia Militar -, com todas as quadras municipais nos bairros estando fechadas.”