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Guaraciabense preso em BH com 62 barras de maconha

O flagrante coube a uma equipe da 2ª Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico, vinculada ao Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico.
InícioCIDADEDiante de diversas críticas, as explicações do diretor da São Jorge

Diante de diversas críticas, as explicações do diretor da São Jorge

Para falar sobre a manutenção dos veículos de transporte coletivo, José Flávio de Andrade Filho (Flavinho), diretor da São Jorge AutoBus, ocupou a Tribuna Livre da Câmara em 23/6.

Ele debateu por quase uma hora e meia a partir do noticiário de seguidos problemas mecânicos nos ônibus, mencionados já na abertura pelo presidente Wellington Neim/PP.

Wagner Gomides/PV informou que visitou a empresa na semana passada e ouviu de Flavinho o relato sobre a resolução dos problemas em sete dias. No entender do vereador, é evidente a desconfiança da população com o transporte coletivo, cuja licitação, vencida pela São Jorge, está em fase final de tramitação.

Segundo Flavinho, sem contrato desde 2020, sua empresa é remunerada por 33 ônibus rodando e 4 reservas, mas presta o serviço com mais de 40 veículos, atendendo novas demandas de itinerários por parte de Prefeitura, Câmara, Demutran e até do Ministério Público, o que dificulta a manutenção.

‘Ruas e estradas não têm condições de uso, e isso não é de agora’

No entender dele, é emblemática a imagem do ônibus com roda quebrada em data recente. Enfatiza ele: “Não quero culpar ninguém, mas ruas da cidade e as estradas rurais não têm condição de uso, e isso não é de agora.”

Ele mencionou a precariedade inclusive dos pontos de embarque e desembarque para dizer que, no cenário do transporte de passageiros, “tudo deixa a desejar”. O empresário ainda informou que, em meio ao extenso tempo da indefinição licitatória, “a gente fica limitada de investimento e de planejar no longo prazo”.

Reclamações sobre qualidade dos veículos, incluindo quebras e atrasos nas linhas

Emerson Carvalho/PP referiu-se a seguidas reclamações de usuários sobre a qualidade dos veículos, incluindo quebras e atrasos em linhas urbanas e rurais. Flavinho repetiu o raciocínio de intensas demandas com a mesma frota e sublinhou a demora na nova licitação.

O empresário informou que cada ônibus novo custa R$ 890 mil e registrou: “Em 2024 compramos dois ônibus seminovos, quatro ônibus muito bons, outros quatro em bom estado, tudo isso sem contrato atualizado.”

‘Algumas pessoas vivem em função de acabar com a nossa imagem’

Perante Guilherme Belmiro/PT, Flavinho estendeu as explicações e citou linhas extensas e deficitárias, criadas para “rodar inclusive nos fins de semana, sem ter novos ônibus em nossa frota”. E lamentou: “Hoje algumas pessoas vivem em função de acabar com a nossa imagem.”

Tarifas subsidiadas

Em flagrante da semana passada, ônibus com roda quebrada

Fernanda Bitenco/Agir pediu informe sobre como a Câmara pode trabalhar para equalizar o problema do setor. Andrade respondeu: o transporte coletivo depende de itinerários em boas condições, remuneração adequada e outros itens.

Pastor Fabiano/Avante pediu explicação sobre a questão do valor da passagem. Segundo ele, o preço real é, hoje, R$ 4,50, o usuário paga R$ 2,50 e a Prefeitura subsidia a diferença, num total de R$ 536 mil em maio.

Conforme Andrade, para não pagar a diferença, seriam necessários 450 mil pagantes/mês, mas na prática não passam de 260 mil, incluindo a gratuidade para idosos e desconto de 25% na tarifa para estudantes.

Marcinho de Belim/PDT retomou o cenário da manutenção dos veículos, questionou a capacitação e elogiou a função social da São Jorge. O empresário disse que recentemente houve treinamento da equipe no CEU das Artes e na rotina há fiscalização. Ele aproveitou para lamentar a “falta de respeito” com os motoristas da parte de alguns passageiros.

Quando José Osório/PSB manteve a reclamação quanto a horários com superlotação em alguns itinerários, Flavinho sublinhou que atende as ordens da Administração e lembrou: “O Executivo é o principal responsável para que a cidade tenha um transporte coletivo melhor.”

Careca de Totinho/Avante elogiou a empresa e cobrou “letreiro adequado” com o itinerário de cada ônibus.

Gomides e Emerson desejaram que a Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte tenha melhor estrutura para funcionar como “um braço forte” na questão do transporte público de passageiros.

Novo contrato

Por sua vez, Gustavo de Fizica/MDB perguntou quando ocorrerá a assinatura do novo contrato da São Jorge com a Prefeitura.

Conforme Flavinho, “estão esperando resposta do Tribunal de Contas para homologar a licitação e fazer o contrato”. Ele destacou a  falta de interesse de outras empresas no pregão: “Ninguém quis pegar o serviço. Isso ninguém fala abertamente. Se a São Jorge sair ou não quiser continuar, Ponte Nova ficará sem transporte coletivo”.

Thaffarel do Povo/PSB manteve o discurso das reclamações e ponderou sobre o melhor fluxo dos ônibus com eliminação de boa parte do tráfego pesado na cidade a partir do projeto da nova alça do Anel Rodoviário. Rubinho Tavares/PP falou de sua expectativa de melhoria do transporte urbano somente quando a São Jorge tiver o novo contrato em mãos.

Para o presidente Neim, deve ocorrer em breve a assinatura do novo documento e, a seu pedido, Flavinho discorreu sobre investimento em software e aplicativos que controlarão o horário dos ônibus em tempo real.

Gomides e Emerson desejaram que a Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte tenha melhor estrutura para funcionar como “um braço forte” na questão dos transporte público de passageiros.

Dirigente da Semut e diretor da São Jorge debatem transporte coletivo na Câmara e Retomado o debate sobre o transporte coletivo com apelo pró-licitação

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