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‘A guinada conservadora ameaça os pobres’, afirma bispo pontenovense

Nesse 3/3, o  Núcleo de Estudos Sociopolíticos da Pontifícia Universidade Católica/PUC de Minas Gerais publicou artigo do reitor, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, com avaliação crítica do momento político brasileiro.

O artigo deste religioso pontenovense repercutiu no exterior e em 18/3 foi publicado no site Settimana News, da Itália, ganhando publicidade maior no Brasil (e em nossa região) pela sua exortação: “Os brasileiros precisamos ter a consciência da gravidade do momento político, social, econômico e moral que vivemos nos últimos meses.”

No artigo, dom Joaquim alerta para o fato de que em 2016 o Governo tomou decisões que terão “consequências nefastas” para trabalhadores e pobres, devido à Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241 na Câmara Federal e PEC 55 no Senado), com a qual praticamente cessam as contribuições para a reforma da Previdência Social.

“O país se encontra diante do contínuo agravamento das condições de vida das populações indígenas, das mudanças no Estatuto do Desarmamento, das alterações nas leis referentes à classe operária, dos inúmeros casos de corrupção envolvendo políticos, empresários e advogados suspeitos de se livrarem dos vestígios das suas atividades iníquas”, declara o reitor da PUC.

Conforme o seu raciocínio, “famílias da chamada classe média veem rapidamente diminuir seu poder de compra, tendo que adiar sonhos, como o de possuir o imóvel próprio, aumentar a família, formar os filhos na universidade ou que seja viajar e descansar da rotina de trabalho, cada vez mais massacrante”.

É dura a acusação do bispo contra o Governo, que “defende os interesses do grande capital, exigindo sacrifícios dos mais pobres que lutam para sobreviver. O sistema financeiro é privilegiado. Os bancos vão muito melhor do que o país e acumulam riquezas. Assiste-se a um triste atraso de iniciativas de resgate da dignidade popular. O neoliberalismo torna-se desenfreado”.

Dom Joaquim ressalta que “as dinâmicas de participação democrática são fortemente hostilizadas e reduzidas a fragmentos, em um momento em que seria preciso levantar a cabeça e caminhar. E também levantar a voz, especialmente em defesa das populações indígenas”.

“Nos quase 30 anos desde que entrou em vigor a Constituição, que deu impulso à proteção dos direitos dos indígenas, essas pessoas hoje estão correndo graves riscos. O Estado continua vivendo separado da sociedade civil, e a deterioração das condições de vida das populações indígenas e dos setores mais pobres deveria sacudir as consciências”, continua o bispo auxiliar de BH.

O religioso pontenovense assim conclui: “Nenhuma nação pode realizar-se em meio a tanta desigualdade. É papel precípuo da universidade não só expressar sua solidariedade às massas de pobres, trabalhadores empregados ou não, homens e mulheres de boa vontade e de todas as idades, como também contribuir para a formação da consciência crítica, cidadã, ecológica integral, progressista, ética, arejada, humanizada, inclusiva, justa e livre.”

 

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