Em clima de comoção, foi sepultado, no fim da manhã desse domingo (29/1), no Cemitério de Urucânia, o corpo de Fábio José Cabral Jardim, 14 anos, da localidade de Lagoa Seca, em Ponte Nova. Ele morreu na tarde desse sábado (28/1), depois de ser eletrocutado enquanto soltava pipa perto de sua casa.
Conforme esta FOLHA apurou com moradores da comunidade, Fábio teria usado fio de cobre na estrutura de sustentação da pipa, a qual ficou agarrada em fiação próxima de curral. E, quando ele puxou a linha, recebeu forte carga elétrica, que o jogou contra um barranco e uma cerca.
Familiares o levaram para o Hospital Arnaldo Gavazza, onde se constatou o óbito, num caso de eletrochoque agravado por indicativo de traumatismo craniano, a ser confirmado pelo laudo necropsial. O fato causou consternação em Lagoa Seca, em cuja capela ocorreu o velório (foto).
Em seu site, a Cemig reitera orientações sobre os acidentes, que acontecem quando a pipa ou o papagaio ficam presos na rede elétrica e as pessoas tentam retirá-lo utilizando materiais condutores, como pedaços de madeira e barras metálicas ou de ferro. O contato com a rede elétrica pode ser fatal, além do perigo de queda, devido ao impacto causado pelo choque elétrico.
Além do mais, acidentes com pipas na rede elétrica podem deixar consumidores sem energia. As principais causas dos desligamentos são o rompimento de cabo devido ao uso do cerol e aos curtos-circuitos provocados pela tentativa de retirar o papagaio da rede.
Outro hábito que deve ser evitado é o uso do cerol. A mistura cortante – feita com cola, vidro e restos de materiais condutores de eletricidade – pode transformar uma simples linha de papagaio num material condutor e provocar choque elétrico ao entrar em contato com a rede. E há ainda risco de outros acidentes, quando o cerol fere motociclistas e pedestres.