A Usina Hidrelétrica/UHE Risoleta Neves (Candonga), localizada na divisa dos municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, teve sua operação interrompida desde que grande parte do rejeito da Barragem de Fundão (pertencente à mineradora Samarco), em Mariana, deslocou-se pelo rio Gualaxo, passando pelo rio do Carmo, até chegar ao rio Doce, em novembro de 2015.
Devolver à UHE suas condições de funcionamento é um dos deveres da Fundação Renova, organização não governamental privada e sem fins lucrativos, criada em março de 2016 por um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta para reparar os danos causados pela tragédia.
A reativação de Candonga depende da retirada do rejeito em todo o trecho do lago formado a 400 metros da barragem da UHE. Seguindo informe da Renova, para acomodar o material a ser removido do reservatório, a Fazenda Floresta, localizada a 3km da usina (em área riodocense), foi adquirida e está passando por uma série de intervenções.
No plano estipulado, cerca de 1 milhão de m³ de rejeitos serão dragados por tubulações para um dique intermediário, que servirá de apoio para o dique principal, onde o rejeito será drenado, como assinala nota da Renova, para continuar:
– A água retirada do dique será levada até duas bacias, onde passará por tratamento, e em seguida será devolvida ao rio Doce. O rejeito é transportado para zonas de empilhamento onde será devidamente compactado para sua destinação final.
O trabalho de dragagem para a Fazenda Floresta está previsto para começar em 2019. O volume total dragado deve chegar a 2 milhões de m³. A conclusão do trabalho, fundamental para viabilizar o retorno das operações da usina geradora de energia, está prevista para 2020. Ao fim do procedimento, a Fazenda Floresta será reflorestada, conclui o informe divulgado nesta semana.