Na manhã desse sábado (13/8), cerca de 100 pessoas ocuparam o entroncamento da MG-262 com acesso às cidades de Acaiaca, Barra Longa e Diogo Vasconcelos. Elas protestavam, a partir das 8h, contra a demora da Samarco em assentar as famílias atingidas pela lama da Barragem de Fundão, que se rompeu em Mariana, ainda em nov/2015.
“O ato tem caráter de denúncia e reivindica o respeito ao direito das famílias de participação e autonomia, cobrando, sobretudo, que a Samarco e suas sócias (a Vale e a BHP Billiton) acelerem a construção dos reassentamentos”, como informou nota do Movimento dos Atingidos por Barragens/MAB.
O protesto durou cerca de três horas, em parceria com a Paróquia de Acaiaca e a Escola Família Agrícola Paulo Freire, entre outros apoiadores da luta dos atingidos. A manifestação pacífica foi marcada por discursos e música.
Por algum tempo, houve interrupção da rodovia, sendo que o trânsito acabou liberado com a chegada da Polícia Rodoviária Estadual/PRE. Os cabos Jairo e Martins encaminharam as negociações iniciais pró-garantia do tráfego.
Utilizando folhetos, placas, cartazes, faixas e bandeiras do MAB, os manifestantes agiram tendo apoio de veículos estacionados nos dois sentidos do tráfego. O sargento Rildo Alves de Oliveira, comandante do 8º Pelotão do Meio Ambiente e Trânsito – com sede em PN -, esteve no local apoiando a atuação de sua equipe.
Conforme o boletim da PRE, os militares agiram “objetivando garantir a preservação da vida, da segurança, do direito de reunião pacífica das pessoas e também do direito de locomoção dos demais usuários da via pública. Priorizou-se a coexistência pacífica de dois preceitos constitucionais, quais sejam, o da livre manifestação e o direito de ir e vir”.