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Atingidos por Candonga mantêm acampamento: Consórcio recebe homenagem por ‘atuação ambiental’

Famílias atingidas pela Usina Hidrelétrica/UHE Risoleta Neves, no rio Doce, decidiram, em assembleia realizada nessa terça-feira (5/6), continuar acampados às margens da MG-123, próximo à ponte de acesso à cidade de Rio Doce e da localidade santacruzense Nova Soberbo. O acampamento é parte da Jornada Nacional de Lutas do Movimento dos Atingidos por Barragens/MAB, que distribuiu nota mencionando a espera de representantes do Consórcio Candonga para negociar os supostos direitos de pescadores, garimpeiros, meeiros e diaristas.

Os acampados ainda reivindicam resolução de “pendências socioambientais” e cobram a não renovação da licença de operação da UHE. Eles requerem, em carta a Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, intervenção para negociação com dirigentes da empresa, e não com “funcionários intermediários, que há mais de 12 anos trabalham para enganar e ameaçar os trabalhadores”.

O MAB batizou o acampamento de “Gabundo”, apelido de João Caetano dos Santos, agricultor de 57 anos, morador em casa situada no entorno do canteiro de obras da barragem, que saiu para pescar em 9/2/2003 e nunca mais foi visto. Inquérito foi aberto para apurar o caso, “mas a investigação foi arquivada sem conclusões satisfatórias”, relata o MAB.

“O Acampamento Gabundo é homenagem ao agricultor e a seus familiares e amigos. Uma forma de fazer memória a este companheiro vítima do processo truculento de instalação desta barragem, que deixou prejuízos materiais incalculáveis e um grande trauma em todas estas famílias”, afirma Fernanda Oliveira Portes, membro da Coordenação Estadual do MAB em Minas Gerais.

Comissão de Direitos Humanos

No domingo (3/6), as famílias acampadas receberam a visita do deputado federal padre João/PT, que ouviu as queixas e se comprometeu a contribuir para reforçar a denúncia da violação de direitos por parte da Companhia Vale do Rio Doce e da Novelis, ambas sócias de Candonga. Em 5/6, previa-se para os dia seguintes visita de membros da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa/MG, tendo à frente o deputado estadual Durval Ângelo/PT.

Candonga premiada

Dirigentes de Candonga têm repetido, em entrevistas recentes, que atendem as exigências socioambientais geradas pelo empreendimento, encaminhando, via administrativa, acordos com órgãos ambientais e o Conselho Estadual de Assistência Social/CEAS.

Em 2/6, o Consórcio recebeu da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Piranga/Amapi o prêmio “Mérito Regional/2012”, na categoria Destaque na Área do Meio Ambiente, devido a iniciativas para a promoção do desenvolvimento sustentável nas comunidades de Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova. A premiação aconteceu na abertura da Expovale/2012, em Ponte Nova.

“É o reconhecimento de um trabalho a favor do meio ambiente, que vai muito além das obrigações legais do Consórcio, que se mantém no propósito de gerar energia sustentável, integrando, através de tecnologia e inovação nas competências, as questões técnicas e ambientais”, comemora Sebastião Miranda/gerente-geral da UHE. Ele recebeu o troféu das mãos de Gilmar de Paula Lima/PMN, prefeito santacruzense.

Segundo o gerente socioambiental e de Relações Institucionais do Consórcio, Marcelo Micherif, esse reconhecimento é fruto do entendimento da empresa sobre a importância do seu papel para o desenvolvimento regional, conscientização pública e melhoria das condições de vida e do ecossistema onde a usina está inserida. “Atuar de maneira responsável, com excelência técnica e buscando envolver as diversas partes interessadas na preservação do meio ambiente, creio que tenham sido as motivações para que a equipe do Consórcio tenha sido premiada. Em síntese, é buscar fazer o certo do jeito certo”, comemora Marcelo.

Segundo nota da empresa, “as ações desenvolvidas no Vale do Piranga incluem projetos de melhoria do ecossistema local visando reduzir o impacto da implantação do empreendimento para o meio ambiente, além de implementar projetos para a promoção da geração de renda e qualidade de vida nas áreas de reassentamento da Usina e eventos com foco em educação ambiental”.

Dentre os projetos, Candonga destaca o Seminário de Educação Ambiental, destinado, há 7 anos, a professores e agentes de saúde de Ponte Nova, Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce, além de propor anualmente edital de apoio técnico e financeiro a projetos elaborados pelas escolas, que foi ampliado em 2012 para associações, cooperativas e Ongs, dentre outras instituições da região. Por outro lado, artesãos de Nova Soberbo recebem o apoio do Consórcio para produzir peças da marca Eukifiz.

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