Os bancários de MG mantiveram decisão de começar greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (19/9), caso os bancos não melhorem a proposta de reajuste salarial de 6,1% apresentada por meio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em PN, segue mobilização similar.
Acionada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que diz representar 95% dos 490 mil bancários do país, a categoria se mobiliza para novas assembleias nesta quarta-feira (18/9), disposta a referendar a paralisação no dia seguinte, em especial, porque considera a proposta da Fenaban uma provocação, segundo Carlos Cordeiro, que preside a entidade.
Cordeiro, que também coordena o Comando Nacional dos Bancários, disse que a oferta dos bancos apenas repõe a inflação dos últimos 12 meses e fica longe dos 11,93% solicitados pela categoria. Segundo informações da Contraf-CUT, o indicativo de greve foi aprovado pelos bancários de mais de 60 municípios de várias regiões, após se reunirem em assembleia na noite de ontem e rejeitarem a proposta da Fenaban.
Em vista disso, o Comando Nacional dos Bancários convocou a categoria para greve geral, uma vez que a proposta da Fenaban nega aumento real e ignora as reivindicações dos bancários sobre emprego, participação nos lucros e resultados (PLR), saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades, de acordo com Carlos Cordeiro.
O dirigente lembra que os seis maiores bancos do país tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças, principalmente, ao aumento da produtividade dos bancários.
Apresentar uma proposta muito aquém das reivindicações da categoria é, segundo ele, empurrar os bancários para a greve. Se é isso que os bancos querem, é isso que terão, acrescentou.