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Barra Longa: ‘Após cinco meses, tudo continua igual’

“Estamos há cinco meses afastados de nossa comunidade e não temos perspectiva. Casas destruídas, a capela ainda está com lama. Perdemos toda a renda, pois o gado não tem onde pastar. Após cinco meses, tudo continua igual”, ressaltou Geralda Araújo, atingida da comunidade de Gesteira, em Barra Longa.

Moradores daquela localidade e de outras, juntamente com padres, leigos, coordenadores de pastorais da dimensão social, movimentos, professores e alunos da Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP estiveram na semana passada reunidos, na sede da Paróquia São José/Centro barralonguense, para se atualizarem sobre a situação dos atingidos e programarem “visita guiada” à localidade Morro Vermelho e à praça da cidade.

O vigário episcopal da Região Pastoral Mariana Leste, padre Walter Jorge Pinto, disse que Barra Longa não está sozinha nesta luta. “Enquanto Região, aguardou-se passar o primeiro momento de socorro e urgência, baixar a comoção inicial vinda de várias partes do Brasil. Agora a Igreja pode fazer chegar a muitos lugares este apelo, através da divulgação em sites, blogs, informativos paroquiais, falar claramente nas paróquias da região”, ressaltou ele em nota no site da Arquidiocese.

Entre os encaminhamentos dessa reunião, ficou definido que o Conselho Regional de Pastoral vai assinar minuta, orientada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), para produção de roteiro de reflexão próprio da Região Leste e criação de grupo de trabalho, até a Assembleia Regional, que será realizada em 2/7, tendo o MAB como parceiro.

Pároco de Barra Longa, padre Wellerson Avelino lembra o apoia da Igreja junto ao movimento. “A Arquidiocese de Mariana abraçou o MAB como movimento de organização dos atingidos. Inicialmente a Igreja assumiu a luta, e o MAB continua o processo”, disse.

“O canteiro de obras que virou a cidade a desorganizou, a tumultuou, além do que já havia causado a lama. Apesar de algumas casas reformadas, as pessoas não podem voltar por causa dos quintais e da poeira das ruas. O atingido é manipulado de forma arbitrária, não há diálogo. Apesar de o acordo com o Governo Federal não ter sido assinado pelo juiz, logo não tendo valor, a empresa o usa como argumento, dizendo que está tudo previsto lá”, afirma Thiago Alves, militante do MAB.

Ele continua: “A empresa está determinando tudo em todas as fases. Reuniões como esta são muito importantes, pois podem informar de forma mais verdadeira a sociedade. A ajuda da Igreja é fundamental aqui. Estamos trazendo para Barra Longa, com a ajuda da UFOP, oficinas importantes que ajudam no processo de reconstrução da estrutura. Temos certeza de que a Igreja poderá nos ajudar. Esperamos esta parceria da Igreja com a Igreja de Barra Longa”, afirma Thiago Alves, militante do MAB.

Samarco  informa – “No município de Barra Longa, todos os acessos já foram desobstruídos e passam por manutenção. As áreas internas das casas liberadas pela Defesa Civil já estão limpas, assim como as ruas do Centro.  Das 89 casas liberadas para reforma, 51 já foram concluídas. Dos estabelecimentos comerciais, 23 tiveram a reforma finalizada e 8 ainda estão em reforma. A praça principal da cidade foi totalmente limpa e, num processo participativo com a comunidade, está sendo elaborado projeto arquitetônico para o local”, informa a Samarco em seu site.

A Samarco acrescenta que entregou 1.800 toneladas de silagem de milho ensacada, além de fubá, feno, farelo de trigo, farelo de soja e ração para cachorro, cavalo e vaca leiteira, entre outros. No total, cerca de 3.000 animais foram atendidos nas fazendas da região e 107 mil metros de cerca foram instaladas nas propriedades rurais.

Para reconstrução da praça de Barra Longa, impactada pelo rompimento da Barragem de Fundão, a Samarco propôs – como informa o seu site –  ao Poder Público que a população do município seja ouvida para opinar e apresentar suas expectativas e desejos em relação ao espaço. Na primeira semana de março, houve diálogo com cerca de 210 pessoas da comunidade, entre crianças, adolescentes, agricultores e comerciantes. Também foram realizadas rodadas de escuta com o Poder Público e idosos.

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