Voluntários embarcados em 16 jipes e veículos 4×4 carregaram os carros de mantimentos e remédios e transportaram médicos e socorristas para tentar chegar, em 7/1, sábado, às comunidades isoladas de Pedras/Mariana, Gesteira e Mandioca/ambas em Barra Longa.
Mas a lama – deixada pelos rejeitos das 2 barragens rompidas em 5/11 em Mariana – está tão profunda que venceu até os veículos “off road” (fora de estrada). Três veículos tentaram atravessar uma ponte encoberta pelos rejeitos minerários e se atolaram até a altura das portas, sendo necessário o uso de guinchos para resgatá-los. Uma fila de 16 veículos trazendo gêneros de primeira necessidade aos desabrigados ficou paralisada.
O relato está em reportagem do jornal “Estado de Minas” de 8/11, assinada pelos repórteres Mateus Parreiras e Márcia Maria Cruz (e com fotos de Paulo Figueiras/EM – D.A. Press). Com a aventura dos jipeiros, passou-se a esperar por tratores encarregados de liberar as estradas
Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, não há como precisar o número de ilhados nos distritos de Pedras, Gesteira e Mandioca. Os bombeiros escalaram 50 militares do Batalhão Especializado para abrir caminho pelos lugares por onde a onda de lama passou. Somam-se aos bombeiros 200 homens da Defesa Civil, como avalia o “Estado de Minas”.
O coordenador das Brigadas Quatro por Quatro, ligado à Cruz Vermelha, Robson Ferreira Dias, informou que há cerca de 300 pessoas em Pedras. O distrito fica a 40km do Centro de Mariana. A falta de informação e o isolamento dos moradores do distrito deixam os parentes apreensivos.