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Remanescentes de quilombos em Ponte Nova, Barra Longa e Mariana

A Fundação Palmares homologa títulos para comunidades de Nogueira/Ponte Nova, Volta da Capela, Barretos/ambas em Barra Longa e Campinas/Mariana.
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CBH do Rio Doce avalia tragédia ambiental

Para discutir os impactos do rompimento, em Mariana, das barragens de Fundão e Santarém,  pertencentes à empresa Samarco, reunião extra da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC) do Comitê da Bacia Hidrográfica/CBH do Rio Doce reuniu convidados na semana passada em Governador Valadares.

Compareceram representantes de Agência Nacional de Águas/ANA, Instituto Mineiro de Gestão das Águas/IGAM, Instituto Estadual de Meio Ambiente/IEMA, Instituto BioAtlântica/IBIO, Defesa Civil/MG, Ministério Público/MG e empresas prestadoras de serviços de abastecimento de água. Compareceu ainda Guilherme Tavares (foto), diretor do Departamento de Água, Esgoto e Saneamento de Ponte Nova.

A presidente da CTGEC, Lucinha Teixeira, destacou a importância de que todas as entidades envolvidas com a gestão de recursos hídricos estejam em constante articulação diante das consequências da tragédia registrada na Bacia do Rio Doce.

Rogéria Trindade, representante da Prefeitura Municipal de Mariana e segunda secretária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piranga (CBH-Piranga), apresentou o panorama atual do município após o rompimento das 2 barragens em 5/11. Segundo Rogéria, ainda não foi possível mensurar a proporção da tragédia na região e as suas consequências na vida dos mais de 59 mil habitantes atingidos indiretamente e mais de dois mil que estão totalmente desabrigados.

“Essa é uma tragédia ecológica, social e econômica para o nosso município. O abastecimento de Mariana não foi interrompido, já que a maior concentração de pessoas do município localiza-se na porção sul e leste, onde estão localizadas as fontes de abastecimento de água. Porém temos distritos e localidades totalmente destruídos”, disse Rogéria.

Vicente Andreu, presidente da ANA, ressaltou que, “além de conhecer a dinâmica desse evento, é preciso correr atrás de informações em relação à qualidade da água e avaliar, juntamente com a Defesa Civil, quais serão os próximos passos para resolver a situação do abastecimento”. Ele previu para hoje, 17/11, a divulgação de boletim completo da situação da água na Bacia do Rio Doce.

O Ministério Público/MP de Minas Gerais entrou com ação civil pública contra a empresa Samarco Mineração, como informou Leonardo Maia, coordenador das Promotorias de Meio Ambiente do MP. Ao final da reunião, decidiu-se pela exigência, perante a Samarco, de estudos pró-recuperação do sistema de abastecimento de cada município atingido.

Rogéria pediu medidas efetivas e práticas, como conter toda a lama sedimentada na região dos rios Gualaxo do Norte e do Carmo, de forma a evitar que o rejeito continue descendo para o rio Doce.

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