Nesta semana, ainda repercute em Ponte Nova operação da Receita Estadual de Minas Gerais deflagrada para apurar a atuação de 80 empresas supostamente criadas – em 47 municípios – para “esquentar” mercadorias sem procedência e sonegar impostos por meio de emissão de notas fiscais “frias”.
Além de Belo Horizonte, os fiscais atuaram em municípios da Zona da Mata – Juiz de Fora à frente – e de nossa macrorregião, como foi o caso de Ponte Nova e Visconde do Rio Branco. Esta FOLHA não apurou nomes dos empreendimentos envolvidos nem o total de valores sonegados em cada cidade. Segundo informe estadual, o volume das operações praticadas pode alcançar R$ 30 milhões.
A fiscalização, realizada em 20 e 21/2, envolveu 180 servidores em 47 municípios. As investigações foram conduzidas por grupo de auditores fiscais da Receita Estadual, que trabalhou com um universo de aproximadamente 10 mil empresas dos segmentos de indústria, atacado e varejo, a partir do cruzamento de dados desses contribuintes.
Assinala o informe: “Itens foram minuciosamente analisados como a capacidade financeira dos sócios, as estruturas físicas dos estabelecimentos e empresas com objeto social distinto do tipo de operações que executa. Dentre os principais setores fiscalizados na operação, estão os de metalurgia, plásticos, têxtil, calçados, bebidas, combustíveis, cigarros, automotores, material de construção e móveis.”
Superintendente de Fiscalização, Carlos Renato Confar afirma que “a Receita Estadual trabalha no combate à sonegação para garantir ambiente de concorrência leal para quem investe ou quer investir em Minas Gerais”. Segundo ele, as ações são voltadas para a mudança de comportamento dos contribuintes e ampliação da base de tributação e crescimento da arrecadação, permitindo ao Governo do Estado implementar suas políticas públicas.