Estudantes e professores de cursos de mestrado e dourado da Universidade Federal Fluminense/UFF cumpriram extensa agenda em nossa região, em 17/5, como parte prática da disciplina “Extrativismo mineral em Minas Gerais e seus efeitos sociais”. No foco, desdobramentos dos danos provocados pela tragédia ambiental da Barragem de Fundão, em Mariana, ainda em novembro de 2015.
Ocorreram reuniões nas Prefeituras de Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce, no Escritório da Fundação Renova, em Barra Longa, e com grupo de atingidos reunidos pelo Centro Alternativo de Formação Popular Rosa Fortini.
A atividade teve como protagonista o juiz da 2ª Vara Cível da Comarca de Ponte Nova, Bruno Henrique Tenório Taveira. Além de sua atuação em ação civil pública que resultou em acordo pró-indenização das duas Prefeituras citadas (mais a de Barra Longa), ele é doutorando do Curso de Ciências Jurídicas e Sociais da UFF.
No evento com os atingidos, representantes de comunidades rurais dos municípios citados (mais os da região de Chopotó/Ponte Nova) destacaram etapas executadas – e a cumprir – pela reparação integral de danos. Mencionaram ainda “violações de direitos” nas negociações com a Fundação Renova, como relatou nota do Centro Alternativo.
A esta FOLHA, o juiz Bruno informou que atualizou, perante a comitiva da UFF, comandada pelo professor Wilson Madeira, diretor da Faculdade de Direito/UFF, a complexidade jurídica dos efeitos socioambientais provocados pelo rompimento da Barragem de Fundão.
A Prefeitura de Santa Cruz divulgou em nota a reunião com os acadêmicos e docentes da UFF. Nessa ocasião, a prefeita Soninha Untaler/MDB esteve ao lado de outros representantes do Executivo, de membros do Legislativo e de assessores dos dois Poderes, além de representantes de diversos segmentos da comunidade.