Na semana passada, no Auditório da Associação dos Municípios do Vale do Piranga/Amapi, no bairro Pacheco/Ponte Nova, aconteceu mais um treinamento voltado para servidores das Prefeituras filiadas, desta vez na aérea de conservação de estradas.
Entre os participantes estavam secretários municipais de Obras, encarregados, técnicos e engenheiros. A palestra, que teve como foco a construção de estradas vicinais, foi ministrada por Júlio Gabriel Lara/assessor da Secretaria/MG de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Ele orientou o serviço de reparo/manutenção de forma a minimizar problemas de erosão. Júlio discorreu sobre o uso do "Clinômetro de Abney" (instrumento usado para medir inclinações de encostas) e a aplicação prática do programa de construção de estradas desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa/UFV.
A parte prática do curso ocorreu – em parceria com a Prefeitura de Rio Doce – em trecho rural daquele município. “Esse tipo de capacitação oferece resultados práticos e imediatos”, frisou José Adalberto de Rezende, secretário-executivo da Amapi e do Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Vale do Piranga/Cimvalpi.
“O fizemos aqui foi a instalação de ‘lombada de fragmentação’, um recorte correto de calhas nas margens e barragens de contenção na área de servidão da propriedade, que, juntos, vão evitar erosões, enxurradas e danos nas estradas”, afirmou Júlio Gabriel.
Conforme explicações dele, as lombadas de fragmentação são calculadas de acordo com o volume de chuva previsto para cada região, e, através delas, a água é levada para a área de servidão da propriedade, o que contribuiu para a manutenção dos lençóis freáticos, evitando longos períodos de seca e ressecamento da vegetação, como explica nota da Amapi.
“Eu até fazia a lombada nas estradas, mas do jeito errado”, conta o operador de máquinas e funcionário da Prefeitura riodocense Cleber Silva, o qual aprovou a nova estratégia, como relata em nota da Amapi.
“Isso deveria ter sido feito há 50 anos. A construção correta das estradas gera economia pra o Município e o produtor rural, já que não há buracos, erosão, e o cascalho é mantido mesmo após as chuvas”, declarou Amilton Lazarini/secretário de Obras de Oratórios.
De fato, conforme relato do instrutor da Secretaria de Agricultura/MG, as estradas rurais ecologicamente corretas geram economia a médio e longo prazos para os municípios, já que preveem menor investimento nas mesmas, inclusive cascalhamentos e áreas de contenção de água de chuva.