O workshop “Manejo de Rejeitos”, promovido pela Fundação Renova durante os dias 24 e 25/1, traçou as primeiras diretrizes para o plano de manejo dos rejeitos da Bacia do Rio Doce, afetada pela lama da Barragem de Fundão/Mariana.
No primeiro dia, especialistas nacionais e internacionais e órgãos ambientais trabalharam em conjunto para produzir o material. Diante da complexidade do acidente, busca-se, conforme nota da Renova, parecer conjunto sobre “as melhores decisões a serem tomadas em relação ao manejo dos rejeitos”.
As discussões (em foto divulgada pela Renova) passaram da possibilidade de solução pela “estabilização dos rejeitos” até a sua retirada total, culminando com a implantação de técnicas de recuperação das áreas.
O workshop decorre de decisão da Fundação (perante órgãos ambientais) de retirar 11 milhões de metros cúbicos de rejeitos, num total de 20 milhões de metros cúbicos depositados na área entre a Barragem de Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves/Condonga.
Conforme relato da Renova, os primeiros 11 milhões de metros cúbicos que serão retirados estão distribuídos da seguinte forma: 10 milhões de metros cúbicos estão na área do lago de Candonga; 900 mil metros cúbicos ficam na comunidade de Bento Rodrigues (Mariana); e 170 mil metros cúbicos já foram retirados ao longo do rio do Carmo, em Barra Longa.
“O volume restante, de aproximadamente 9 milhões de metros cúbicos, referentes à região localizada entre a barragem de Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, somados ao volume de todas as outras áreas afetadas nos 650 quilômetros ao longo da bacia do rio Doce, serão incorporados neste plano de manejo. O plano seguirá em elaboração por especialistas e órgãos ambientais durante os próximos 45 dias”, acrescenta a nota.
Neste primeiro workshop, participaram representantes da Fundação Dom Cabral, técnicos da Renova, representante das Câmaras Técnicas do Comitê Interfederativo (MG/ES), consultores e acadêmicos que são referências em suas áreas de atuação e órgãos ambientais.