A Secretaria Municipal de Saúde de Urucânia promoveu nesse sábado (28/1), de 8h às 18h, vacinação em massa contra a febre amarela nestes locais:
– Policlínica Dário Teixeira Pataro (Centro); Unidades Básicas de Saúdes dos bairros Paulo Giardini e Novo Milênio; comunidades de Jatiboca e Cardosos; e sede da Câmara Municipal.
Boletim do fim da tarde de 27/1, da Secretaria/MG de Saúde, menciona que, na área da Superintendência Regional de Saúde de Ponte Nova, o Estado já distribuiu, em janeiro, 104 mil doses de vacina.
O boletim ainda revela que neste mês houve rumores de epizootias em primatas (morte de macacos) em quatro municípios da nossa região: Alvinópolis, Jequeri, Raul Soares e Sem Peixe. Esta FOLHA já divulgou desmentido em relação a Alvinópolis.
Em nossa região, segue alerta oficial contra a doença e contra a “matança de macacos”. A seguir o informe da Secretaria de Saúde/MG:
“Casos de Febre Amarela em determinadas localidades – como acontece atualmente em parte da Região Leste do Estado – são geralmente acompanhados de relatos de violências contra macacos. Pelo fato de o ciclo de transmissão da febre amarela silvestre envolver os primatas como hospedeiros da doença, as pessoas acreditam, erroneamente, que sacrificar os animais pode ajudar a evitar a doença em humanos.
O que as pessoas não sabem ou se esquecem é que os macacos, além de também serem vítimas da doença, prestam importante auxílio no controle da Febre Amarela. Isto, porque os primatas fazem o que chamamos de papel de sentinela, ou seja, a detecção dos primeiros primatas mortos é um indicador de que podem estar ocorrendo casos de febre amarela naquela região, o que possibilita o rápido início de ações preventivas e de vacinação antes que a doença se espalhe. Ou seja, no que se refere à febre amarela, os macacos na verdade ajudam a evitar epidemias, casos urbanos e mais mortes de pessoas.
Além disso, os mosquitos responsáveis pela transmissão da febre amarela silvestre, o Haemagogus e o Sabethes, só se contaminam com o vírus da doença quando picam os macacos durante a infecção viral, que dura apenas três ou cinco dias: depois os macacos morrem ou se tornam imunes. Sendo assim, as agressões atingem quase sempre animais sadios que não tiveram contato com o vírus ou que já estão imunizados.
Por isso, fique ligado e ajude a compartilhar informações corretas: a forma apropriada de evitar a doença é a vacinação para quem mora ou vai viajar para matas em áreas endêmicas. Veja estas perguntas mais comuns e suas respostas
P – É verdade que os macacos transmitem a febre amarela?
R – Não. Os macacos não transmitem a febre amarela para o homem e NÃO são os responsáveis pela transmissão da febre amarela. Eles são as principais vítimas. As mudanças climáticas e a a degradação ambiental provocadas pelo homem são as principais responsáveis pelo recente aparecimento de inúmeras doenças infecciosas. Especialistas acreditam que o avanço da doença tem sido facilitado pelo deslocamento de pessoas infectadas ou pela dispersão dos mosquitos.
P – Posso afirmar então que os macacos são fundamentais para o controle da doença?
R – Com certeza. Os primatas prestam um importante auxílio no controle da febre amarela. Por adoecerem primeiro, os primatas dão às autoridades informações valiosas sobre a circulação do vírus. O achado de macacos mortos serve de alerta para que os órgãos de saúde pública iniciem campanhas de vacinação. Algumas pessoas pensam que os macacos transmitem a febre amarela aos humanos, o que é completamente errado. Além de ilegal e de tornar mais crítico o estado de conservação desses animais, a matança indiscriminada, assim como o envenenamento intencional de macacos são extremamente prejudiciais ao próprio homem. Se eles forem mortos pelo homem, descobriremos que a febre amarela chegou a determinada região apenas quando as pessoas contraírem a doença.
P – O que devo fazer se encontrar um macaco doente e/ou morto na minha região?
R – No caso de encontrar um macaco doente e/ou morto, o cidadão deve acionar o Setor Zoonoses do Município para que as devidas providências possam ser tomadas a contento. A partir da denúncia, o profissional de zoonoses acionado verificará se o animal morto apresenta condições de coleta e envio para exames laboratoriais. O procedimento de coleta é específico e deve ser realizado por profissional habilitado para tal. O laboratório de referência nacional que processa as amostras de macacos provenientes de Minas Gerais é o Instituto Evandro Chagas, no Pará. Não há data definida para liberação de resultados por este laboratório.