Aconteceu, na semana passada, no Gabinete da Superintendência Regional de Ensino/SRE de Ponte Nova, reunião para tratar de assuntos pertinentes à organização e ao funcionamento das Escolas Família Agrícola/EFAs da microrregião, com sedes em Acaiaca, Jequeri, Sem Peixe e Ervália.
Na reunião, presidida pela diretora da SRE, Josiane Felga Perdigão de Castro, compareceram inspetoras responsáveis pelo acompanhamento das EFAs e assessores da Diretoria Educacional e da Divisão de Atendimento Escolar.
A nota da SRE – com fotos de Rosana de Oliveira Vecchi e Lanna – destaca a participação do secretário-executivo da Associação Mineira das EFAs, Idalino Firmino dos Santos. Ele falou sobre a atuação da entidade perante as Diretorias e Divisões da SRE, visando ao atendimento dos alunos de localidades rurais, “garantindo a implementação das políticas públicas educacionais e a satisfação do direito à educação dos estudantes das comunidades atendidas pelas citadas escolas”, como relata texto da Superintendência.
As leis educacionais propõem a adequação da escola à vida do campo. Todo parecer pedagógico, no campo ou na cidade, deve ser estabelecido de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo (2001), sempre em consonância com a realidade.
A Escola Família Agrícola (EFA), utiliza a Pedagogia da Alternância, método criado na França em 1935, no povoado de Lot et Garonne. A iniciativa de se criar a Escola Família Agrícola buscou solucionar dois problemas relacionados às questões do ensino regular direcionado para as atividades urbanas, que levava os adolescentes campesinos a repudiar a terra, e também à necessidade de fazer chegar ao campo o desenvolvimento tecnológico.
Os educandos estudam a leitura, a escrita, a matemática, a tecnologia e também aprendem a trabalhar com a terra, com as plantas, os animais e a conviver e interagir com a realidade agrícola. Em suas casas, ensinam os pais a utilizarem as novas tecnologias e a maneira mais adequada de lidar com a realidade do campo. As aulas são em sala ou em num ambiente, no terreno da escola.
Antes de concluírem o curso, precisam ainda cumprir 250 horas de estágio trabalhando geralmente em grandes propriedades e desenvolver um projeto educacional para aplicação prática em sua propriedade agrícola. Os filhos de agricultores após a conclusão dos estudos regressam às propriedades rurais com a meta de aplicar os conhecimentos agrícolas. Esse procedimento pedagógico permite a profissionalização do educando combatendo o êxodo rural.