A comunidade católica da macrorregião vive momentos de apreensão, em datas recentes, com divulgação de ameaças contra dois sacerdotes em Paróquias de Muriaé e Mariana, respectivamente Frei Gilberto Teixeira e padre Reginaldo Coelho da Costa.
No caso do frei, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa/MG decidiu em 11/4 sobre realização de audiência pública para debater ameaça (não detalhada no texto da Assembleia) efetivada em 19/2. O motivo seria a sua atuação contrária à ampliação dos projetos de mineração de bauxita na Serra do Brigadeiro, no distrito de Belisário, no Município de Muriaé.
Em relação ao padre Reginaldo, ao receber carta anônima em 30/3 com ameaça de morte, isto o levou a procurar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara marianense (que divulgou texto e foto) ainda em 3/4 . O caso é investigado em sigilo pela Polícia Civil local, como informou o jornal Ponto Final, cuja reportagem ouviu fiéis da Paróquia São Caetano, no distrito de Monsenhor Horta, com suposição de que o episódio estaria ligado a críticas do padre a invasões de terras naquele distrito.
Sabe-se que houve relato sobre as ameaças perante o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha. Este determinou, segundo o Ponto Final, pelo afastamento temporário do religioso “por questões de segurança”. Segundo fonte da Arquidiocese de Mariana para o jornal marianense, “os nomes de possíveis suspeitos foram devidamente encaminhados às autoridades competentes”.
O pedido de proteção ao padre tem acompanhamento da advogada Giselle Rocha Coutinho. Conforme nota (e foto) do Blog da Paróquia São Caetano, em 8/4, ao fim da Missa pela Família na Igreja Matriz de Monsenhor Horta, moradores organizaram passeata com faixas e cartazes em apoio ao padre, que administra ainda a Paróquia São Sebastião, em Cláudio Manoel, também em Mariana.