Neste sábado, 5/12, o rompimento, em Mariana, da barragem do Fundão, da Samarco (cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP), completa um mês com repercussão internacional e intensa mobilização para responsabilização da empresa Samarco e risco de nova tragédia (leia nosso Editorial/página 2).
Na tarde de 30/11, a reportagem desta FOLHA esteve em Barra Longa, onde, na madrugada de 6/11, a parte baixa do perímetro urbano foi inundada pelos rejeitos trazidos pelo rio do Carmo. A tragédia afetou as localidades Gesteira, Barretos, Onça, Mandioca, São Gonçalo, Bueno, Fazenda dos Corvinos e outras.
A população ainda se recupera da tragédia e já teme por outra, em caso de rompimento, também em Mariana, de outras 2 barragens – Santarém e Germano. Os moradores convivem com tratores e caminhões, funcionários da Samarco e da Prefeitura e voluntários atuando na limpeza de ruas e casas.
Esta FOLHA acompanhou o trajeto de pelo menos dez caminhões carregados com a lama retirada da praça Manoel Lino Mol. A carga era depositada em área anexa à entrada/saída da cidade. Ocorre que os veículos percorrem trechos não atingidos pelos rejeitos e, com essa rotina, o itinerário fica marcado por barro seco e principalmente poeira, afetando calçadas, casas e lojas.
Na praça, trabalham 40 homens e 5 tratores. Cones e telas sinalizam a área de passagem dos caminhões. A parte central de Barra Longa mais parece um grande canteiro de obras, mas a realidade é triste!
Leia na edição impressa de hoje, sexta-feira, 4/12, os depoimentos de moradores da área urbana e rural.