Na manhã de 16/5, segunda-feira, na sede do Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Vale do Piranga/Cimvalpi, no bairro Progresso/PN, houve reunião para discutir ações em defesa de mulheres vítimas de violência – principalmente a doméstica – e em situação de risco de morte. Planeja-se instalação de instituição para abrigar as vítimas, nos moldes da Casa das Mulheres de Viçosa.
Na reunião, formou-se comissão composta majoritariamente por mulheres, tendo à frente Marisa Barletto, professora da Universidade Federal de Viçosa/UFV e coordenadora da citada Casa. Estiveram representadas as cidades de Ponte Nova, Rio Doce, Viçosa e Congonhas. O intuito é abranger o projeto de forma a atender a demanda dos 43 municípios filiados ao Cimvalpi, como informou nota da Assessoria dessa entidade.
Segundo o Cimvalpi, projeto e definição da sede da Casa Abrigo serão definidos na próxima semana, em data a ser confirmada. “Foi sugestão do prefeito de Viçosa[Ângelo Chequer/PSDB] trazer este assunto ao Consórcio, numa forma de oportunizar que outras cidades tenham apoio garantido no combate à violência contra a mulher”, informou Marisa no informe divulgado em 17/5.
A criação da Casa Abrigo baseia-se no projeto viçosense, destinado a atender vítimas da microrregião de Viçosa. O Programa, previsto desde 2009 pelo Conselho dos Direitos da Mulher dessa cidade, baseou-se no Plano Nacional de Políticas para Mulheres. Em dez/2015, aprovou-se na Câmara viçosense projeto criando a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres e o Fundo Municipal dos Direitos das Mulheres.
Segundo José Adalberto de Rezende, secretário executivo do Cimvalpi, a proposta foi bem acolhida “e o nosso presidente [Silvério da Luz/PT, prefeito de rio Doce] nomeou comissão que até a próxima assembleia elabora proposta para o Vale do Piranga. A abordagem do tema via Consórcio garante repasses financeiros, adesão de parceiros e a continuidade da iniciativa, quando da troca de gestores nos municípios [em out/2016]”.