A Fundação Renova/vinculada à mineradora Samarco concluiu, em 31/3 (sexta-feira), as três primeiras estações de monitoramento em tempo real da qualidade da água do rio Doce. Duas estão na área da Usina Hidrelétrica/UHE Risoleta Neves (Candonga), entre Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce, e uma no município de Sem Peixe, a cerca de 45km abaixo dessa UHE.
Um desses postos irá monitorar a água antes de sua chegada ao lago da UHE de Candonga. Os outros dois, após a passagem do rio pelas comportas da barragem, permitindo identificar eventuais alterações decorrentes da atividade de dragagem realizada no reservatório. Este acumula grande quantidade de rejeitos de minérios vazados ainda em novembro de 2015 na Barragem de Fundão, no município de Mariana.
Segundo informa a Renova, parâmetros como turbidez, oxigênio dissolvido e índice de PH serão transmitidos por sondas, que farão a análise de hora em hora e permitirão atuação mais ágil e precisa da Fundação e dos órgãos ambientais em ações de recuperação daquele trecho da Sub-Bacia do Rio Doce.
Conforme relato da Fundação, outras 19 estações de monitoramento serão implantadas ao longo de toda a extensão do rio Doce, com previsão de operação até o fim de julho. Sabe-se que oito delas farão o monitoramento da qualidade da água e as demais medirão o nível do rio, da temperatura do ar e da quantidade de chuva.
Estas estações fazem parte do Programa de Monitoramento da Qualidade de Água e Sedimentos na Bacia do Rio Doce, desenvolvido conjuntamente pela Fundação Renova, órgãos ambientais e agências de água.
Até a implantação total deste programa, a Fundação Renova dará continuidade ao trabalho atual, contando com 115 pontos de monitoramento ao longo da bacia e da região costeira, contando com análise de laboratórios credenciados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia/Inmetro.