O desempenho das pesquisas realizadas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais/Epamig sobre seringueira na Estação Experimental da rodovia PN/Oratórios está sendo repassada para profissionais de nove Estados do Brasil. O primeiro módulo do curso Capacitação Tecnológica em Heveicultura, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural/Senar, ocorreu entre 24 e 26/7, em Campo Grande (MS), a cargo de Antônio de Pádua Alvarenga, pesquisador da Epamig/Zona da Mata, com sede em Viçosa. Outros módulos já estão agendados para agosto e setembro.
Atualmente, a cultura da seringueira é uma das atividades agrícolas de maior rentabilidade
Estão sendo capacitados instrutores do Senar que já ministram cursos na área de Heveicultura e são engenheiros agrônomos e florestais, técnicos agrícolas e administradores vindos de Rondônia, Acre, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Bahia e Mato Grosso do Sul, além de Minas Gerais. A intenção do Senar é fazer desses profissionais multiplicadores para posteriormente formarem técnicos de nível médio e assim atingir todos os setores da produção.
Antônio de Pádua Alvarenga
Essa é a primeira edição do curso de capacitação, e no 1o módulo foram abordados conteúdos como novo Código Florestal, recomposição de reserva legal, aspectos botânicos de hevea spp. – espécie conhecida como seringueira e de onde é extraído o látex e produzida a borracha -, implantação de viveiros, mercado da borracha e linhas de crédito para o setor.
Dentre as diversas pesquisas realizadas pela Epamig com a cultura, destacam-se os testes com espécies já utilizadas no país para verificar a eficiência quanto ao sequestro de carbono – já divulgados nesta FOLHA – e a introdução de novos clones em fazendas experimentais da Epamig. Além de avaliar a adaptação das espécies às condições climáticas e de solo e o nível de infestação de doenças, a Epamig forma, inclusive em sua Fazenda Experimental/PN, jardim clonal para produção de mudas, com qualidade e preços acessíveis para estimular os produtores.
Apesar dos resultados obtidos com a produção orientada por técnicos, usando adubação correta e proteção contra pragas, Minas Gerais tem pouca exploração da seringueira. Contamos com cerca de três mil hectares em produção – inclusuve na região de Raul Soares -, enquanto o Brasil dispõe de 130 mil hectares. No mundo, a cultura está espalhada em mais de nove milhões de hectares.