Continua repercutindo, nesta semana, a reunião de 29/9, na sede da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga/Assuvap destinada a avaliar o investimento no plantio de milho para atender a demanda de alimentação de suínos.
Divulgou-se o estudo em andamento, financiado pelo Instituto Interamericano de Colaboração para a Agricultura/IICA, executado por Irauê Casarin Vieira da Silva, agrônomo e mestre em Administração Rural pela Universidade Federal de Lavras.
Irauê trabalhou durante mais de 5 anos como técnico da Emater no município de Jequeri e considera viável a implantação deste projeto na região. Ele acredita que a necessidade econômica, estratégica, social e ambiental da cadeira suinícola possa ser favorecida e impulsionar o projeto, a despeito do custo maior de produção, em relação às regiões produtoras de milho no cerrado mineiro.
Irauê falou para alguns convidados: dirigentes suinícolas e do Frigorífico Saudali, representantes da Emater e da Epamig e, entre os convidados, o presidente da Câmara Municipal/PN, Leo Moreira/PSB. Não por acaso, o vereador encaminhou, em 2/10, indicação à Secretaria de Desenvolvimento Rural de Ponte Nova sugerindo programa de incentivo à produção de milho.
Conhecendo o potencial de produção e a cadeia da suinocultura do Vale do Piranga, Irauê optou por este estudo na região, como forma de agregar e dar continuidade ao trabalho iniciado em sua passagem por Jequeri.
“Mantenho minha convicção de que a produção de grãos na região é viável, pois tem grandes compradores de milho e o preço praticado compensa os custos mais elevados devido à logística de produção (áreas fragmentadas)”, diz o pesquisador.
No primeiro semestre, a Epamig promoveu, na Fazenda Experimental do Vale do Piranga, em Oratórios, encontro com produtores de 13 municípios, enfatizando orientações sobre plantio, tratos culturais, colheita e análise de custos da cultura do milho.
A meta foi aumentar a competitividade e o desenvolvimento dos municípios, considerando que o milho torna-se uma das principais alavancas para o desenvolvimento da região, considerada um dos maiores polos de suínos do Brasil.
De fato, com plantel de cerca de 45 mil matrizes, que demandam em torno de 15.000 tonelada/mês do grão, o Vale do Piranga produz apenas 4% da necessidade dos animais, como apontou Josias Bitencourt, gerente da Fazenda Experimental.