Nesta quinta-feira, "força-tarefa" da Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde/SRS-PN preparava viagem para Raul Soares. Na agenda, ações de prevenção contra possíveis casos de febre Amarela, tendo em vista a proximidade de região rural daquele município com área do Vale do Aço, onde se detectou a doença.
A informação é de Antônio Augusto de Araújo Filho, dirigente da SRS, preocupado em não “criar alarme” na população raulsoarense, mas ponderando sobre a necessidade de assessorar a Saúde Pública daquele Município. Afinal, como relatou, nesta quarta-feira, a Secretaria de Saúde/MG, Caratinga tem 6 casos notificados (sendo 2 “prováveis”), e a doença já foi detectada em Ipanema.
A Secretaria de Estado de Saúde/SES divulgou que até 11/1 havia, no Leste de Minas, 48 casos suspeitos de febre Amarela, sendo que, deste total, 16 eram considerados prováveis. Eram 14 os óbitos suspeitos, sendo 8 com probabilidade da doença.
Isso significa que, apesar do exame laboratorial ter dado como reagente para febre Amarela, a confirmação se daria ainda pela investigação epidemiológica, históricos de vacinação e deslocamentos desses pacientes.
Não por acaso, a Secretaria Municipal de Saúde/Semsa divulgou nota, nesta quinta-feira (12/1), informando que “não há motivo para pânico por parte da população de Ponte Nova”, já que o risco atualmente se encontra na área da SRS que tem sede em Coronel Fabriciano.
“Não há, pois, campanha de imunização”, acrescenta a nota, mantendo-se “esquema de rotina no calendário de vacinação, que consiste numa dose aos 9 meses de idade e um reforço aos 4 anos”. Não obedecendo-se a este esquema, o intervalo mínimo entre a 1ª dose e o reforço é de 30 dias.
“A vacina está indicada para prevenir esta doença em residentes ou viajantes que se deslocam para áreas de risco para a mesma”, relata a nota.
A febre Amarela é doença infecciosa febril aguda, causada por arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) e, caso não seja tratada em tempo hábil, pode levar a óbito numa semana.
Segundo o Governo/MG, no Brasil, os casos são classificados pela origem:
– Silvestre (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus, com os macacos sendo os principais hospedeiros).
– Urbana (para o homem, o transmissor é o mosquito Aedes aegypti). Esta, contudo, não é registrada no Brasil desde 1942.