A fiscalização do Governo de Minas Gerais sobre as ações de recuperação das áreas afetadas pelo rompimento (em nov/2015) da Barragem de Fundão, em Mariana, deu um novo passo. Nesse mês de junho, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) concluiu o relatório da 5ª fase do trabalho fiscalizatório, batizado de "Operação Watu".
Durante a vistoria realizada em 21 trechos entre o Complexo Minerário de Germano, em Mariana, e a Usina Hidrelétrica de Candonga, na divisa dos Municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, a equipe técnica concluiu que diversos trechos fiscalizados – inclusive em Barra Longa – estão estabilizados.
As vistorias em campo da 5ª fase da "Operação Watu" ocorreram entre os dias 5 e 7/3 deste ano e contaram com equipe formada por seis servidores do Sisema. A 6ª etapa da Operação estava prevista para ocorrer entre a última semana de junho e a primeira deste mês (julho).
Na fase de março, divulgada na semana passada, teve-se o intuito de atualizar as informações coletadas nas fiscalizações anteriores e avaliar o avanço e a eficiência das ações tomadas pela Fundação Renova nas áreas consideradas prioritárias e não prioritárias.
A vistoria também fez um paralelo entre as condições atuais dos trechos e aquelas encontradas nas fases anteriores da "Operação Watu".
Segundo Roberto Gomes, um dos coordenadores da Operação, o analista ambiental da Gerência de Qualidade do Solo e Reabilitação de Áreas Degradadas da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), cada fase da Operação avalia o cumprimento das solicitações da fase anterior. “Nesse caso, foram mensuradas a execução das ações solicitadas à Fundação Renova na 4ª fase da Operação e apontadas as necessidades de novas adequações com base no que foi observado em campo”, afirmou o analista ambiental.
“Uma vez que essa etapa de estabilização for vencida e isso está previsto no Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) assinado pela Samarco com os Governos Federal e de Minas Gerais e do Espírito Santo, a próxima etapa que a Fundação Renova deve implementar será a recuperação definitiva. Esta etapa inclui, por exemplo, o reflorestamento das áreas atingidas com espécies nativas”, explicou Roberto.