A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, instituiu em 6/1 grupo de trabalho no âmbito do Ministério com a finalidade de coordenar a posição ambiental na esfera federal relacionada ao acidente ocorrido por causa de rompimento da Barragem de Fundão, localizada no município de Mariana. A decisão está em portaria do dia seguinte, no Diário Oficial da União (DOU), e ocorre dois meses depois do desastre.
O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco ocorreu em 5/11 e provocou mortes, destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, deixou desalojados e gerou um mar de lama que avançou até o Estado do Espírito Santo, atingindo rios e praias, depois de passar pelo rio Doce (na foto, trecho de Santa Cruz do Escalvado). O desastre é considerado a tragédia ambiental mais grave do país.
O grupo criado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai especificamente avaliar os danos ambientais, estabelecer diretrizes e acompanhar as ações de recuperação e revitalização ambiental dos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce e ecossistemas estuarinos e costeiros atingidos.
Participam do grupo representantes de MMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional das Águas (ANA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A coordenação será exercida pelo Ibama.
De acordo com a portaria que criou o grupo, poderão também ser convidados a participar dos trabalhos representantes dos Governos dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo e do Comitê da Bacia do Rio Doce, bem como especialistas em assuntos ligados ao tema.